Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia criaram um verdadeiro exército de robôs microscópicos que podem auxiliar, futuramente, em explorações de tais escalas. Os cientistas conseguiram contornar o problema de mobilidade das pequenas máquinas, já que, de acordo com Marc Miskin, líder do estudo, devido à falta de componentes necessários que se ajustassem a esse tamanho, equipamentos desenvolvidos anteriormente não contavam com a funcionalidade.
Isso foi possível com a produção de um novo tipo de atuador – nome da peça que permite ações como "dobrar pernas" –, feito de uma camada extremamente fina de platina. Cada robô usa quatro deles, conectados a células solares em suas "costas", garantindo que os membros realizem movimentos em resposta a uma luz laser e impulsionem os corpos metálicos para frente.
Miskin não esconde a satisfação com o que a pesquisa alcançou: "Cada célula solar é conectada a uma perna específica. Quando se dispara um laser sobre elas em uma determinada sequência, os membros são ativados e se contraem para se moverem na direção desejada. É bem legal." Abaixo, você pode ver o resultado da façanha.
Vagando pelo micromundo
Aplicando um método semelhante ao utilizado na criação de placas de circuito, Miskin e sua equipe produziram os robôs microscópicos em massa, chegando a mais de 1 milhão de unidades – que medem menos de um décimo de milímetro e são visíveis apenas através de, como já era de se imaginar, microscópios.
Mais do que apenas passear, eles podem, inclusive, carregar dispositivos eletrônicos, o que expandiria suas aplicações. "Estamos desenvolvendo equipamentos por meio dos quais teremos recursos de detecção, capacidade de programação e afins", ressalta o pesquisador, afirmando que os próximos passos envolvem justamente testes do tipo. Além disso, ele espera que consiga desenvolver "enxames" dessa novidade: "Coisas legais acontecem quanto muitos robôs trabalham juntos em vez de sozinhos."
Pequenos o suficiente para serem injetados com uma agulha hipodérmica e feitos de materiais biocompatíveis, pode ser que, no futuro, eles vaguem por corpos humanos e revolucionem a medicina. "A esperança é que esses robôs nos levem ao micromundo", finaliza Miskin.
Fontes