Pesquisas em inteligência quântica e artificial receberão US$ 1 bilhão do governo norte-americano, aplicados para garantir "que os Estados Unidos continuem a liderar o mundo em inteligência artificial e computação quântica", disse Michael Kratsios, diretor de tecnologia dos EUA, antes de anunciar o investimento federal.
Sete institutos de pesquisa em IA receberão US$ 140 milhões da National Science Foundation, órgão governamental independente para promoção da pesquisa e da educação em ciência e engenharia, além de outras agências federais, como o Departamento de Agricultura dos EUA.
O Departamento de Energia americano vai investir e supervisionar a aplicação de US$ 625 milhões em cinco instituições com pesquisa em ciências da informação e computação quântica, que também serão responsáveis por treinar a próxima geração de especialistas em IA.
Um dos institutos contemplados com financiamento é o Argonne National Laboratory, que vai explorar tecnologia de criptografia avançada.Fonte: NYT/Lyndon French/Reprodução
Empresas privadas também se juntaram à iniciativa: IBM, Microsoft e outras contribuirão com US$ 300 milhões, e parte desse valor virá da doação de serviços em tecnologia, como computação em nuvem.
China à frente da corrida quântica
A iniciativa do Governo Trump não é nova; vem na esteira da divulgação, em agosto de 2019, do relatório do Center for Data Innovation, instituto de pesquisa apartidário e sem fins lucrativos que mostrou que a China está adotando IA mais rapidamente que os EUA e a União Europeia. O país asiático afirmou ter investido US$ 10 bilhões em um dos seus maiores laboratórios quânticos e já colocou para funcionar o primeiro satélite quântico.
Em janeiro, o governo estadunidense anunciou seus planos de aumentar o financiamento federal para pesquisas em inteligência artificial e computação quântica, destinando US$ 25 milhões para o desenvolvimento de uma "internet quântica".
"O futuro da prosperidade econômica e da segurança nacional dos Estados Unidos será moldado pela forma como investimos, pesquisamos, desenvolvemos e implantamos essas tecnologias de ponta hoje", disse Kratsios.
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