Após a confirmação do primeiro caso de reinfecção por coronavírus, ontem (24), em Hong Kong, mais dois casos semelhantes foram relatados nesta terça-feira (25): um na Bélgica e outro na Holanda. A informação foi divulgada pelo canal de TV holandês NOS.
De acordo com a emissora, o caso ocorrido no país, confirmado pela virologista Marion Koopmans, envolve um idoso com o sistema imunológico debilitado. Já a situação relatada na Bélgica tem uma mulher como paciente, que testou positivo para a covid-19 em março, pela primeira vez, e novamente em junho, pela segunda vez.
Segundo Koopmans, todas as infecções pelo Sars-CoV-2 apresentam um código genético diferente. E para que seja caracterizada a recontaminação, é necessário provar a diferença entre a impressão digital do agente patológico na primeira vez e na segunda — isso foi feito no paciente de Hong Kong e também nos dois europeus.
São necessários testes em laboratório para comprovar a reinfecção.Fonte: Pixabay
Ainda conforme a virologista, os infectados que apresentam sintomas mais graves da doença desenvolvem uma maior quantidade de anticorpos em comparação com os casos leves. No entanto, isso não é garantia de imunidade. “Que alguém apareça com reinfecção não me deixa nervosa. Temos que ver se isso acontece com frequência”, comentou.
Para a OMS, a reinfecção não parece ser comum
Os casos de pessoas reinfectadas pelo novo coronavírus, como os três surgidos nas últimas horas, não parecem ser comuns, de acordo com a porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) Margaret Harris.
Para ela, que não descarta o surgimento de novos casos de reinfecção, o número de relatos é bastante reduzido em comparação com os mais de 23 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo, até o momento, o que demonstraria se tratar de um evento sem regularidade.
A entidade acredita que a vacina contra covid-19 dará uma imunidade mais forte do que a obtida após a infecção natural, podendo proteger a população por muito mais tempo.
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