A NASA concluiu, recentemente, a construção da sua segunda estação terrestre óptica (OGS-2) em Haleakala, no Havaí, que vai permitir à agência utilizar o sistema de comunicação a laser em suas próximas missões espaciais. A tecnologia tem a capacidade de enviar mais dados à Terra do que nunca.
O envio de dados ao espaço da Terra (e vice-versa) usando lasers infravermelhos é uma das principais apostas da instituição para melhorar a qualidade das comunicações nas missões. Este sistema tem várias vantagens em relação à radiofrequência, utilizada atualmente.
Na comunicação óptica, é possível obter um aumento nas taxas de transferência de dados de 10 a 100 vezes em comparação com as transmissões de rádio, segundo a NASA. Além disso, ela tem menores necessidades de energia, tamanho e peso, ajudando a melhorar a autonomia das baterias e resultando em equipamentos mais compactos e leves.
A OGS-2 fica no Havaí.Fonte: NASA/Divulgação
Com tais melhorias, será possível aproveitar imagens de melhor resolução, por exemplo, oferecendo aos cientistas uma visão ainda mais detalhada e sem precedentes do Sistema Solar.
Tecnologia estreia em 2021
A agência espacial americana já usou a transmissão de dados por laser em outras ocasiões, mas de maneira limitada. Dessa forma, o sistema será testado integralmente apenas em 2021, quando acontecerá o lançamento da missão de Demonstração de Relé de Comunicações a Laser (LCRD), que contará com um equipamento de retransmissão integralmente óptico.
Mesmo com todas as vantagens da tecnologia, a NASA já sabe que terá de lidar com um problema: a incapacidade dos raios lasers de atravessar as nuvens. Ou seja, em caso de mau tempo, a comunicação com a nave pode ser interrompida.
Este foi um dos motivos da escolha do Havaí, onde há céu claro em boa parte do ano, para instalar a estação OGS-2. Há, ainda, outra estação do tipo, a OGS-1, que fica na Califórnia e pode substituir a principal, se o céu estiver nublado por lá.
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