De acordo com o cientista Jim Yoe, da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), é previsto que a temporada de 2020 de furacões no Atlântico terá um número acima da média na ocorrência desse tipo de fenômeno. Esse tipo de “palpite” é possível, devido ao monitoramento climatológico feito a partir dos satélites da organização.
Condições são favoráveis a tempestades
Segundo Yoe, os satélites já registraram condições oceânicas para que haja uma “confusão de tempestades” no Atlântico, entre meados de agosto até o final de outubro, período de temporada em que esses fenômenos se manifestam com mais intensidade todos os anos.
Entre essas condições, estão uma monção extremamente forte na África Oriental, com temperaturas da água mais altas do que a média, que vão do oceano Atlântico ao mar do Caribe e do Golfo do México, além do baixo número de rajadas de ventos em diferentes direções. As rajadas de vento em diferentes direções ajudam a controlar a formação de furacões.
Fonte: Pixabay/ReproduçãoFonte: Pixabay
Yoe ainda ressaltou que, neste exato momento, a NOAA já está observando o que podem ser cinco pré-formações de tempestades na bacia do Atlântico. Isso é a indicação de que a temporada de furacões está começando.
A importância dos satélites
A NOAA usa satélites ambientais operacionais geoestacionários (GOES, na sigla em inglês), que orbitam a Terra na mesma velocidade de sua rotação e ficam a uma altitude de 35,88 mil quilômetros acima da Linha do Equador.
É por meio deles que todo tipo de fenômeno climático que ocorre em nosso planeta é observado, dos menores aos mais colossais. Essa tecnologia já é utilizada há muitos anos e não para de evoluir.
Em uma analogia bem simples, Yoe comparou a capacidade de monitoramento dos satélites com a qualidade dos sensores de câmeras digitais. Há 20 anos, as imagens que captávamos com esses dispositivos nem se compara com as fotos que tiramos hoje em dia, mesmo quando usamos um smartphone de baixo custo.
Os satélites são tão importantes para monitorar eventos que já estão em curso, como para prever fenômenos que ainda vão acontecer. Os cientistas podem, por exemplo, prever a formação de furacões, com base no monitoramento da temperatura das águas oceânicas, da velocidade e da direção dos ventos, além dos movimentos das nuvens.
Furacão Genevieve está em observação
Enquanto a temporada de furacões no Atlântico está para começar, a NOAA já está monitorando o furacão Genevieve, que se formou no oceano Pacífico.
Felizmente, ao que tudo indica, ele não deve chegar à costa oeste dos EUA.
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