"Estamos felizes por aprovar o pouso da Hayabusa2 e entusiasmados por a agência espacial japonesa JAXA ter escolhido a Austrália como parceira na reentrada da cápsula. Esta missão é um feito científico e técnico sem precedentes”, disse, em comunicado, a Ministra da Indústria, Ciência e Tecnologia da Austrália, Karen Andrews. Em 6 de dezembro, a nave espacial Hayabusa2 chegará, trazendo amostras recolhidas do solo do asteroide Ryugu.
Mas pode ser apenas uma visita: em setembro, a JAXA vai decidir se a pequenina espaçonave apenas deixa sua carga e segue para investigar mais um asteroide. A extensão da missão ainda vai depender da aprovação de um novo orçamento.
Com ainda mais da metade do combustível, a Hayabusa2 não precisa pousar para entregar as amostras colhidas depois de voluntariamente se chocar por duas vezes com o asteroide Ryugu.
A cápsula com os detritos recolhidos será ejetada pela espaçonave japonesa na atmosfera da Terra. Enquanto a carga pousa no Outback australiano, a Hayabusa2 seguiria seu caminho, dentro do sistema solar interno (necessário para que a nave extraia energia do Sol).
Feito para durar
Mesmo que tenha sido projetada para operar apenas por seis anos, técnicos japoneses acreditam que uma extensão da missão vale a pena – além de a ciência ter precedentes de dispositivos projetados para durar anos e estarem em funcionamento há décadas, há pouco risco envolvido (somente o custo da operação).
The Hayabusa2 project is considering an extended mission after returning the capsule to Earth. Plans have been narrowed down to 2 possible candidate targets: asteroids 2001 AV43 or 1998 KY26. Both are small & fast spinning objects, which is a type that has not yet been explored. pic.twitter.com/OYpQAyy7ob
— HAYABUSA2@JAXA (@haya2e_jaxa) July 22, 2020
Os asteroides 2001 AV43 e 1998 KY26 são similares. O período de translação de ambos é semelhante; são muito pequenos e giram completamente a cada dez minutos.
A Hayabusa2 atingiria o 2001 AV43 em novembro de 2029 e somente alcançaria o 1998 KY26 em julho de 2031. Enquanto não chegar a seu destino, a nave japonesa deve, segundo a JAXA, “estudar a luz zodiacal que reflete a poeira interplanetária e mais a Lua e Vênus, durante as manobras para aproveitar o impulso da gravidade dos planetas; procurar por exoplanetas; e oferecer dados sobre outro asteroide que encontrasse pelo caminho”.
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