A importância da pesquisa científica em Marte pode fornecer evidências de evolução para a maioria dos processos geológicos da Terra e de responder se outro lugar do universo foi capaz de sustentar vida. Recentemente, destacam-se missões exploratórias no Planeta Vermelho, contudo, outros pontos relativamente próximos também merecem ser lembrados.
Nesse sentido, listamos abaixo 5 lugares alternativos do sistema solar com potenciais missões, do mais próximo ao mais distante.
Vênus
Vênus.Fonte: NASA/Reprodução
Devido à semelhança com a Terra, quanto ao tamanho, à massa e à composição geológica, o segundo planeta do sistema solar é visto como um possível indicativo do horizonte terrestre. Com paisagem inóspita e dominada por gases de efeito estufa, a exploração e o desenvolvimento de novos estudos podem apresentar medidas preventivas para evitar potenciais catástrofes.
Contudo, Vênus traz características que dificultam esse trabalho. Isso porque sua atmosfera é uma das mais densas devido à composição de 96% de dióxido de carbono. O cenário gera nuvens de ácido sulfúrico em adição à superfície quente e de extrema pressão. Logo, a maioria dos aparelhos eletrônicos e rovers seria facilmente destruída ao chegar no local, de modo que radares sejam a única alternativa possível atualmente.
Ceres
Ceres.Fonte: NASA/Reprodução
Ceres é o maior asteroide do sistema solar, o que lhe rendeu a classificação de planeta-anão. Sua geologia é rica, sobretudo por causa da presença de compostos orgânicos, fator que pode orientar estudos para constatar se já foi habitado. A possibilidade pode ser explicada através de sua crosta 30% congelada e com indícios de abrigar vários oceanos subterrâneos, além de criovulcões que expelem água de baixa temperatura e sais.
Novos projetos com instrumentação mais avançada estão em processo de desenvolvimento e podem fornecer mais evidências sobre a presença de vida lá.
Europa
Europa.Fonte: NASA/Reprodução
A quarta maior lua de Júpiter é considerada o melhor lugar do sistema solar para localizar sinal extraterrestre. O motivo para isso está em seu vasto oceano subterrâneo de água líquida, semelhante às fontes hidrotermais profundas da Terra. Por outro lado, minerais argilosos frequentemente associados à presença de matéria orgânica foram encontrados em sua crosta, aumentando a esperança sobre o tema.
Até agora nenhuma missão conseguiu chegar ao continente e extrair amostras suficientes para estudos na Terra, mas em breve projetos em andamento serão capazes de especificar a superfície e subsuperfície do satélite.
Titã
Titã.Fonte: NASA/Reprodução
A segunda maior lua de Saturno também é a única do sistema solar com uma atmosfera rica em nitrogênio e densidade similar à da Terra. Além disso, Titã é o único ponto espacial conhecido — fora da Terra — com lagos na superfície. Entretanto, esses lagos não são formados por água, mas por metano. Dessa forma, uma vida primitiva pode ter prosperado nesses ambientes graças à atmosfera.
Apesar de ainda não existir comprovação das condições de habitabilidade em Titã, uma análise de compostos orgânicos ajudaria a revelar a evolução de vidas no lugar. Para isso, a NASA planeja uma nova missão em 2026, Dragonfly, que através de um drone “helicóptero” buscará o mapeamento da superfície.
Plutão
Plutão.Fonte: NASA/Reprodução
Plutão é caracterizado por uma predominância de gelo, com superfície composta por 98% de nitrogênio congelado. Embora ainda não haja previsão de uma nova missão ao planeta-anão, a sonda New Horizons da NASA, de 2015, sugeriu que mesmo a distância do Sol passa por processos ativos de energia que moldam sua paisagem.
Também diante de uma fina atmosfera de metano, notaram-se moléculas orgânicas, possivelmente resultado de um oceano subterrâneo.
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