Depois de 2 anos analisando o céu ininterruptamente, o Transiting Exoplanet Survey Satellite (ou TESS) vai agora aprimorar o mapa que ele mesmo fez, além de apurar a busca por exoplanetas. O satélite concluiu sua missão original no último dia 4 de julho, tendo mapeado 75% do céu, capturado imagens de buracos negros e cometas, descoberto 66 novos exoplanetas (alguns potencialmente habitáveis) e ainda acrescentado ao catálogo 2,1 mil possíveis candidatos em sistemas planetários distantes.
Em sua nova missão, ele retomou o levantamento do hemisfério sul do espaço – o céu observável foi dividido em faixas de 24°por 96°; em 2018, o TESS varreu 13 setores ao sul desse globo imaginário e, no ano seguinte, o norte.
Upgrade nos instrumentos
A NASA não apenas estendeu a permanência do TESS em serviço como também aprimorou seus instrumentos. Em vez de meia hora, ele agora capta, registra e envia uma imagem completa a cada 10 minutos, usando um modo rápido que permite medir o brilho de milhares de estrelas a cada 20 segundos.
Medições mais velozes permitem capturar com mais precisão, entre outras coisas, as mudanças do brilho de uma estrela (um indicativo de que há um planeta em sua órbita).
A segunda missão do TESS terminará em 22 de setembro de 2022 – depois de concluir o mapeamento do hemisfério sul, ele vai direcionar suas quatro câmeras, pelos 15 meses seguintes, para o hemisfério norte, coletando imagens e aprimorando o registro ao longo do plano da órbita da Terra em torno do Sol.
A missão TESS começou em 2006 como um pequeno projeto financiado por empresas como Google e doadores privados do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Em 2008, ele foi oferecido à NASA e recusado. O MIT reapresentou o projeto (agora não mais astrofísico, mas sim exploratório) em 2013 à agência espacial americana, que resolveu financiá-lo. Seu lançamento, em 2018, marcou uma nova etapa na exploração do espaço profundo à procura de exoplanetas.
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