Nesta semana, uma mensagem dizendo que as vacinas contra a covid-19 têm microchips 5G que permitem controlar remotamente o corpo humano circulou pela internet. Apesar de parecer óbvio para muitos que se trata de uma informação falsa, agências de checagem de fatos precisaram se manifestar e refutar o texto.
"A vacina 'chinesa' contém RNA replicável digitalizável, ou seja, para controlar a humanidade através das ondas que vai emitir as antenas 5G. você faz assina pensa que está curado E quando eles ativar em si cai duro sem saber porquê. não fazam uma vacina chinesa, logo vai chegar a vacina de outro país segura" [sic], era o que dizia o post no Facebook.
Para explicar o caso, a Agência Lupa conversou com a professora Kalinka Castelo Branco, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), que afirmou que não é possível controlar seres humanos com microchips usando redes 5G. "A tecnologia 5G é só uma outra forma de transmitir os dados. Não tem relação nenhuma com a vacina ou com os chips", explicou ela.
De tempos em tempos, a quinta geração de internet móvel é usada como base para fake news. Uma das mais conhecidas relacionava as redes 5G com a morte de pássaros e até rendeu um projeto de lei em Santa Catarina.
Chip sob a pele já existe
Microchips implantados sob a pele são uma realidade há alguns anos. Empresa nos Estados Unidos até já usaram o recurso como forma de identificação de funcionários voluntários de um projeto.
É possível utilizá-los para realizar pagamentos e até mesmo substituir chaves com a ajuda das tecnologias Near Field Communication (NFC) e Radiofrequency Identification (RFID), que permitem a troca de informações sem fio por aproximação.
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