A NASA, agência espacial estadunidense, enviou na manhã desta quinta-feira (30) o rover Perseverance em direção a Marte, com o principal objetivo de procurar traços de vida microbiana passada. A decolagem ocorreu às 8h50 (segundo o horário de Brasília), no Cabo Canaveral, localizado na Flórida (EUA). O veículo deve chegar à superfície marciana em fevereiro de 2021.
Ele vai aterrissar na base de uma cratera de 250 metros de profundidade chamada Jezero, onde há 3,5 bilhões de anos havia um grande lago. Os pesquisadores acreditam que esse local pode fornecer informações importantes sobre a existência ou não de vida no Planeta Vermelho.
O Perseverance foi lançado no topo de um foguete Atlas 5 da joint venture United Launch Alliance, da empresa Boeing-Lockheed. Com custo de US$ 2,4 bilhões, essa é a nona missão à superfície marciana da NASA. Confira abaixo imagens da decolagem:
Missões e novos desafios
O veículo espacial está programado para trazer amostras de rochas marcianas de volta à Terra, coletando materiais em pequenas cápsulas e deixando-as espalhadas na superfície para serem recuperadas por um futuro veículo espacial.
"Isso é diferente de qualquer robô que já enviamos a Marte, porque tem o objetivo de astrobiologia", disse o administrador da NASA, Jim Bridenstine, à Reuters. "Estamos tentando encontrar evidências da vida antiga em outro mundo."
Para facilitar a exploração, a agência também enviou um helicóptero autônomo na missão. Chamado Ingenuity, o veículo pesa 1,8 kg e vai testar um voo com motor no planeta pela primeira vez.
A primeira imagem mostra o rover Perseverance e a segunda, o helicóptero IngenuityFonte: NASA/Divulgação
Segundo o cientista brasileiro Ivair Gontijo, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, essa missão vai preparar o caminho para os seres humanos. Para tanto, o Perseverance coletará amostras de trajes enviados para o planeta anteriormente. Com isso, pesquisadores terão informações suficientes para desenvolver um modelo com mais precisão.
O robô também realizará um experimento para converter elementos da atmosfera, rica em dióxido de carbono, em oxigênio respirável para futuros tripulantes ou para propulsão de foguetes lançados da superfície do próprio planeta. "Há muitas coisas que precisamos ser capazes de desenvolver e descobrir", disse Bridenstine, "para que, quando chegarmos a Marte, possamos realmente sobreviver por longos períodos".
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