Os efeitos a longo prazo da contaminação pelo novo coronavírus começam a se tornar mais claros. Um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) aponta que recuperados da covid-19 podem apresentar sintomas durante semanas e meses após a infecção. O estudo se concentrou nos pacientes que inicialmente não desenvolveram sintomas graves da doença.
Os níveis normais de saúde de um terço dos entrevistados não haviam retornado de 3 a 5 semanas após a contaminação. Na faixa etária entre 18 e 34 anos, entre os que não tinham nenhuma comorbidade anterior, o corpo parecia incapaz de se recuperar totalmente dos efeitos do novo coronavírus.
Os principais sintomas apresentados tardiamente são fadiga, tosse, congestão, perda do paladar e olfato, dor no peito e confusão mental. Em menor quantidade, pacientes com sintomas leves da infecção continuaram tendo vômito, náusea, febre e calafrio semanas após adquirirem imunidade. O novo estudo reforça o que foi visto em uma pesquisa feita em Israel, na qual pacientes relataram dores estranhas pelo corpo, problemas pulmonares e até intercorrências psicológicas meses após se livrarem do vírus.
“Certamente, houve casos de recaídas, nos quais as pessoas curadas adoeceram novamente”, explicou o diretor-executivo Mike Ryan, da Organização Mundial da Saúde. Ele apontou que ainda não está claro se essas pessoas foram novamente infectadas ou se seriam sintomas persistentes desde a primeira contaminação pelo coronavírus. Também não se sabe os motivos para uma parcela da população manter sintomas da covid-19 mesmo semanas após a cura.
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