Pode que a Ciência esteja tentando desvendar mistérios geológicos de outros planetas e satélites naturais – e avançando enormemente nessa área. Mas, a verdade é que existem muitos enigmas aqui mesmo na Terra que não foram esclarecidos ainda, como é o caso de como as placas tectônicas que compõem a superfície do nosso mundo se formaram.
A teoria mais aceita de momento é a de que essas estruturas – que ficam sobre o manto e se movem, roçam, colidem e se sobrepõem umas sobre as outras, “reciclando” a superfície e dando origem a novo material –, teriam se formado entre 3,2 e 4,5 bilhões de anos atrás depois de a crosta terrestre, ainda em sua infância, passar por um período de resfriamento e se contrair. Mas surgiu uma proposta que pode levar à revisão desse modelo.
Processo oposto
O estudo foi apresentado por uma equipe internacional de cientistas e sugere que, há bilhões de anos, quando a crosta terrestre ainda era recém-formada, ela se tornou extremamente quente e sofreu uma expansão. Mais especificamente, segundo os pesquisadores, embora exista a possibilidade de que o excesso de calor vindo do interior da Terra tenha se dissipado gradualmente e de forma uniforme pelo planeta, o mais provável é que ele tenha sido liberado através de uma intensa atividade vulcânica pela Terra.
Processo misteriosoFonte: Sciblogs / Reprodução
Por meio do intenso vulcanismo, o calor oriundo do interior do planeta teria escapado por vulcões na forma de magma. Então, esse material foi se depositando na superfície, se resfriando e se acumulando até que, com o passar do tempo, acabou afundando e resfriando a litosfera. Com isso, o próprio vulcanismo foi se tornando menos ativo e o calor na superfície diminuindo – só que o calor continuou sendo gerado pelo núcleo da Terra e, ao não ter os mesmos meios para se dissipar que antes, ocasionou a expansão da crosta que mencionamos antes.
Essa dilatação, por sua vez, gerou o surgimento de fraturas que, eventualmente, deram origem às placas tectônicas. Como você viu, a proposta do time vai na contramão do consenso atual, de que as fissuras são resultantes do resfriamento e contração da crosta terrestre. Portanto, os cientistas terão que continuar com suas pesquisas e encontrar evidências que comprovem sua teoria.
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