Dezenas de sítios vulcânicos ativos foram encontrados em Vênus por pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça. A partir disso, os cientistas poderão compreender melhor as razões pelas quais o planeta é inadequado para o desenvolvimento e a permanência de seres vivos.
A descoberta foi realizada ao longo de um estudo liderado por Anna Gülcher, que desenvolveu simulações de alta resolução com seus colegas para replicar a formação dos sítios vulcânicos de Vênus. Segundo a pesquisadora, investigações anteriores já indicavam que o planeta possui vulcões ativos. "O que fizemos foi mapear essas regiões", explica Gülcher.
Para tanto, o grupo comparou sua simulação com dados da missão Venus Express da Agência Espacial Europeia, que terminou em 2014, e da missão Magellan da NASA, finalizada em 1994. Com isso, eles puderam identificar quais sítios vulcânicos ainda poderiam estar ativos. Nas imagens da missão Magellan, 37 locais foram mapeados.
Grande parte desses locais, segundo os pesquisadores, formavam um círculo nas extremidades do planeta — o que o grupo apelidou de "Anel de Fogo".
Os vulcões de Vênus, vale destacar, são muito maiores do que os que estão presentes no planeta Terra. Os sítios vulcânicos do planeta têm, em média, 300 quilômetros de diâmetro, enquanto o maior vulcão ativo do nosso planeta, localizado em Mauna Loa, no Havaí, possui apenas 120 km.
"Com base em tamanho, química e posição no Sistema Solar, Vênus é o planeta mais parecido com a Terra até o momento", afirmou o pesquisador Sami Michail, da Universidade de St. Andrews, do Reino Unido. Segundo ele, compreender a atividade vulcânica do planeta é essencial para entender por que ele é árido e quente, enquanto a Terra é habitável.
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