A Terra está a poucos meses de receber material extraterrestre. Em 6 de dezembro deste ano, amostras recolhidas do asteroide Ryugu devem pousar em nosso planeta com a sonda Hayabusa 2, lançada em 2014 pela Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA). O local marcado para a chegada é Outback, região desértica da Austrália.
Se tudo der certo, o retorno, que ainda deve ser autorizado pela Agência Espacial Australiana, marcará o momento em que mais detalhes a respeito do corpo celeste de 900 metros serão conhecidos, pois o equipamento, que chegou por lá em junho de 2018, após uma viagem de 300 milhões de quilômetros, implantou várias minissondas na superfície do objeto e fez suas explorações duas vezes em 2019.
Imagens do asteroide Ryugu capturadas pela sonda foram só o começo.Fonte: JAXA
A primeira exploração aconteceu em fevereiro, momento em que foram coletados pedaços da superfície. Em julho, a Hayabusa2 recolheu amostras da subsuperfície, expostas por explosões causadas em abril para essa finalidade. Alguns meses depois, era hora de dar adeus ao local.
O retorno
Em novembro de 2019, a jornada da Hayabusa 2 de volta a nosso planeta foi iniciada, uma vez que o plano da missão, desde o começo, era que uma pequena cápsula contendo amostras do Ryugu fosse trazida em dezembro de 2020 ao Woomera Range Complex, uma instalação do sul da Austrália administrada pela Real Força Aérea Australiana. Com o anúncio realizado pelos dois países, parece que tudo dará realmente certo.
Cientistas planetários estão, claro, empolgados com o acontecimento, já que, a partir de estudos realizados em laboratórios, grandes detalhes a respeito do objeto poderão ser descobertos. Com a ajuda de instrumentos poderosos – e variados –, não estão descartadas informações sobre a formação e a evolução de asteroides, bem como sobre o papel que rochas espaciais ricas em carbono podem ter desempenhado para a vida na Terra.
Novos detalhes serão conhecidos pela Ciência em breve.Fonte: JAXA
Uma outra agência interessada neste mundo fascinante, como não poderia deixar de ser, é a NASA, que, desde dezembro de 2018, empreende sua própria iniciativa do tipo utilizando a OSIRIS-REx. O equipamento estuda de perto o Bennu, a cerca de 2 bilhões de quilômetros daqui. Espera-se que materiais sejam coletados em outubro deste ano – e que lembrancinhas sejam trazidas para casa em 2023.
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