Segundo um novo estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), ancestrais de dinossauros e pterossauros podem ter sido animais de pequeno porte, de aproximadamente 10 centímetros de altura. Especificamente, o trabalho traz evidências de um evento evolucionário de miniaturização das espécies do grupo Ornithodira, embora hoje sejam conhecidos como criaturas gigantes.
A constatação foi resultado do artigo A tiny ornithodiran archosaur from the Triassic of Madagascar and the role of miniaturization in dinosaur and pterosaur ancestry, de Christian Kammerer, Sterling Nesbitt, Lovasoa Ranivoharimanana e André Wyss.
Arte conceitual do pequeno ancestral feita pelo ilustrador Alex Boersma.Fonte: BBC/Reprodução
Nele, os especialistas analisaram um fóssil de Madagascar, que habitava a Terra há cerca de 237 milhões de anos, descoberto em 1998 por uma equipe de paleontólogos do Museu Americano de História Natural de Nova York.
O estudo chama a espécie de Kongonaphon kely e indica que ela se alimentava de insetos, algo observado no desgaste de seus dentes. Devido a esse comportamento, também recebeu o apelido de “pequeno matador de insetos”.
Essa dieta associada ao seu tamanho também teria contribuído para a sobrevivência do grupo Ornithodira. Já a penugem sobre a pele do pequeno ancestral, teria-se originado da regulação da temperatura corporal em alinhamento com as condições climáticas da época.
Estudo aborda a evolução dos pterossauros.Fonte: BBC/Reprodução
“Os répteis da era Mesozoica são conhecidos por seu tamanho notável: os dinossauros incluem os maiores animais terrestres conhecidos e seus parentes, os pterossauros, incluem as maiores criaturas que já voaram. A espécie originária do [período geológico] Triássico fornece informações sobre a evolução inicial desses grupos”, disse Kammerer.
“Embora os dinossauros e o gigantismo sejam praticamente sinônimos, uma análise da evolução do tamanho do corpo em dinossauros e outros do grupo, no contexto desse táxon e formas relacionadas, demonstra que os membros mais antigos podem ter sido menores do que se pensava anteriormente”, completou o especialista.
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