Segundo a NASA, uma nova mancha de tempestade foi encontrada em Júpiter. Clyde Foster, diretor da Sociedade Astronômica da África do Sul (ASSA), visualizou na manhã de 31 de maio um ponto brilhante, de forma oval, similar às explosões convectivas características do maior planeta do sistema solar, com o uso do telescópio Celestron Edge HD 14".
Apelidada informalmente de Clyde's Spot, a descoberta foi possível devido ao aparelho contar com um filtro sensível aos comprimentos de onda de luz, no qual o gás metano presente na atmosfera tem forte absorção.
As imagens "mostram estruturas fascinantes dentro do sistema de tempestades que já estão causando animação na comunidade científica planetária", disse o cientista no site da ASSA. Isso porque as manchas "são mais comuns nos cinturões equatoriais norte e sul, mas são raros na região do cinturão temperado sul, onde esse está, daí o interesse", completou.
Visualização da Clyde's Spot pelo telescópio.Fonte: NASA/Reprodução
Dois dias após a descoberta inicial, a sonda espacial Juno percorreu a região próxima ao local, pois se encontra na órbita do planeta há 2 anos e captura várias tempestades no hemisfério sul. Uma das ocorrências é o furacão conhecido como Grande Mancha Vermelha (no canto superior esquerdo da imagem a seguir, uma das características mais distintivas do astro), que agita a atmosfera de Júpiter há muitos anos.
Em adição, Kevin M. Gill, cientista da agência espacial, buscou dados do instrumento JunoCam da sonda e criou uma visualização mais detalhada da novidade. Para isso, projetou um mapa que combinou cinco imagens tiradas enquanto ela estava entre 45 mil quilômetros e 95 mil quilômetros dos topos das nuvens do planeta.
Imagem gerada pela sonda espacial Juno.Fonte: NASA/Reprodução
Embora Juno não viajasse diretamente sobre o local do acontecimento naquele momento, os aparelhos de rastreamento estavam próximos o suficiente para que a equipe responsável pela missão pudesse visualizar o evento e confirmá-lo. A sonda espacial fará outro percurso na região em 25 de julho; segundo a NASA, será uma nova oportunidade para estudar como o surto se comportou ao longo dos dias desde a descoberta.
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