Em 2 de julho de 2019, a América do Sul testemunhou um eclipse lunar total, e os amantes desse tipo de fenômeno receberam um presente e tanto. Isso porque um pequeno satélite chinês chamado Longjiang 2 capturou imagens impressionantes do acontecimento.
Também conhecido como DSLWP-B, o equipamento desenvolvido pelo Harbin Institute of Technology foi lançado ao espaço em maio de 2018 e pegou “carona” com o Queqiao, satélite de comunicações que facilitou a missão Chang'e 4 – voltada à exploração do lado mais distante da Lua.
Utilizando uma técnica de interferometria, na qual duas ondas de rádio são sobrepostas para análises posteriores da terceira resultante da combinação, diversas observações astronômicas foram possíveis com o Longjiang. Uma delas, bem, é a que você vê agora.
Imagens de eclipse lunar foram capturadas por satélite chinês.Fonte: Reprodução
Toda missão tem seu fim
Enquanto o Queqiao continuou se movimentando rumo ao destino de sua missão, o pequeno satélite utilizou seus próprios dispositivos de propulsão e diminuiu a velocidade antes de finalizar a jornada para poder entrar em órbita lunar. Uma vez que estava “passeando” por lá, recebeu instruções de estudantes da universidade em que foi criado para filmar a Lua, a Terra e as estrelas.
Equipamento foi desenvolvido pelo Harbin Institute of Technology.Fonte: HIT
Para a alegria de entusiastas do ramo, a facilidade de manuseio permitiu ao astrônomo amador alemão Reinhard Kühn utilizar uma antena de rádio de seu quintal e enviar comandos para que o Longjiang 2 capturasse imagens do eclipse lunar que ocorria em nosso planeta.
É preciso ressaltar que o dispositivo contava, inclusive, com uma carga útil de sensoriamento remoto construída na Arábia Saudita e incluída como parte das cooperações internacionais. Por isso, durante seu tempo de “vida”, outras fotos de tirar o fôlego foram dadas de presente aos humanos.
Some of the pictures taken to the moon by DSLWP-B using Saudi Remote Sensing Payload to the moon https://t.co/24rxnqFOjv pic.twitter.com/YDXZbHXD8N
— Mohammed Bin Othman (@MBinOthman) August 1, 2019
A última ação do satélite foi um tanto quanto nobre: ele encerrou sua missão em agosto de 2019, quando foi deliberadamente destruído para que não representasse perigo algum em futuras iniciativas. Ainda assim, ficará na memória de todos pelas conquistas alcançadas – e ganhou uma homenagem à altura, detalhando sua trajetória.
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