Simulações revelam como seria ver o pôr do sol em outros planetas

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Embora um jamais seja igual ao outro e estejamos acostumados a vê-los, por mais deslumbrantes que nos pareçam, quem nunca sentiu uma pontinha de curiosidade em saber como seria assistir ao pôr do sol em outros planetas? Será que o céu pareceria mais avermelhado do que aqui se visto de Marte? Teria bandas de diferentes tonalidades de Júpiter? Seria visível sob a espessa camada atmosférica de Vênus? As simulações que você poderá conferir logo mais nos permitem a ter uma ideia realista de como seria!

Mais ou menos assim

Quem desenvolveu o material foi o cientista planetário Geronimo Villanueva, do Goddard Space Flight Center da NASA, situado em Greenbelt (Maryland). Originalmente, as simulações não tinham como propósito "matar" a curiosidade das pessoas, pois o pesquisador desenvolveu os modelos enquanto trabalhava em uma ferramenta para uma missão focada no estudo da atmosfera de Urano. Ele queria ajudar os astrônomos a interpretar o comportamento da luz e a determinar a composição química das camadas atmosféricas de outros planetas.

No entanto, Villanueva, além de simular o pôr do sol em Urano, também recriou como ele seria em três situações diferentes aqui na Terra: com o céu limpo, nublado e névoa. O cientista representou também como provavelmente seria se visto de Marte, Vênus e Titã, o maior satélite natural de Saturno.

Aqui em nosso planeta, os espetáculos diários que testemunhamos toda vez que o dia termina são resultado do modo que a luz interage com as moléculas presentes na atmosfera. Aliás, é por conta de como a luz se propaga por esse meio que o nosso céu é “azul” — uma vez que os comprimentos de onda mais curtos, do espectro visível aos nossos olhos nas tonalidades do azul, dispersam-se mais facilmente no ar. E por que estamos falando disso? Porque, como a composição da atmosfera de outros planetas é distinta da nossa, a luz viaja de forma diferente e, portanto, veríamos outras cores também. Confira a seguir.

No caso de Marte, o pôr do sol iria de um tom marrom ao azulado por conta da quantidade de partículas de poeira presentes na atmosfera marciana, condição que faz os comprimentos de ondas do espectro azul se propagarem de forma mais eficaz. Esse tom também seria predominante em Urano, caso algum dia também pudéssemos ir até lá para assistir, mas com toques de turquesa devido à interação dos raios solares com o hélio, metano e hidrogênio presentes na atmosfera uraniana.

Villanueva também fez uma simulação de como o pôr do sol seria em Titã (maior satélite natural de Saturno e um dos maiores do Sistema Solar), mas ele seria meio sem graça na verdade, por conta da espessa “névoa” que recobre a lua. Ainda assim, quem desperdiçaria a oportunidade de assistir a um evento desses?

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