O surto de coronavírus pode ajudar a acelerar a evolução doa testes rápidos de doenças feitos com smartphones. Segundo informa o site The Conversation, estudos já estão sendo feitos para utilizar dispositivos móveis para auxiliar na detecção da covid-19.
De acordo com o site, que reúne publicações de cientistas e jornalistas, um estudo que visa criar um sistema de detecção de coronavírus integrado ao smartphone já está em desenvolvimento desde março. Uma pesquisa publicada na revista especializada Lab on a Chip pretende desenvolver uma tecnologia que utiliza fluídos nasais para realizar a detecção do vírus em cerca de 30 minutos. A solução, porém, ainda está em estágios iniciais de pesquisa.
Os estudos visam utilizar os sensores do celular para criar soluções que ajudam a detectar o coronavírusFonte: Lab on a Chip
O projeto europeu FoodSmartPhone, que desenvolve tecnologias para smartphones detectarem irregularidades em alimentos, também já busca soluções que possam auxiliar na luta contra o coronavírus. Assim como em comidas, os testes de doenças utilizam rótulos especiais que escaneiam a amostra e geram reações ao encontrar certo vírus ou bactéria, que podem ser mapeados pelo smartphone.
"Para testar algo, como fluido da garganta ou sangue, basta adicionar o rótulo sensível ao que você está procurando", explicam os especialistas. "Se a substância procurada estiver lá, haverá uma reação, que gera sinal de luz, cor ou elétrico, que o celular detecta e interpreta por meio de uma câmera ou sensores, ou via um dispositivo complementar."
Implementação pode demorar
Enquanto o uso de smartphones pode facilitar a detecção de coronavírus futuramente, a implementação da tecnologia ainda pode demorar. O uso de dispositivos móveis para testes de doenças não é novidade e a tecnologia até já foi aplicada em outras enfermidades, mas o uso massivo ainda não foi aprovado.
O mChip utiliza o smartphone na realização de testes de HIVFonte: EuroNews
Segundo explica os especialistas do The Conversation, um dispositivo chamado mChip está em desenvolvimento desde 2015 e visa detectar doenças como HIV e sífilis usando o celular. Apesar de ter resultados promissores, a tecnologia ainda está passando por aprovações e será submetida a mais fases de testes durante os próximos meses.
Ainda assim, os especialistas apontam que a "imensa pressão" para manter a pandemia sob controle pode auxiliar no desenvolvimento de novas soluções para detectar a covid-19 e auxiliar no combate à doença.
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