1 a cada 5 pessoas no mundo corre mais riscos com a covid-19, diz estudo

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Imagem: Pixabay

A pandemia ainda não tem data para acabar, e um novo estudo publicado pelo periódico The Lancet Global Health traz dados alarmantes sobre o cenário que está por vir. De acordo com a pesquisa, 1 a cada 5 pessoas no mundo possui alguma condição capaz de elevar a gravidade da covid-19 — o que representa 1,7 bilhão de indivíduos.

Existem, claro, outros fatores ligados ao chamado "grupo de risco", formado inclusive por pessoas saudáveis. A idade avançada e a obesidade são exemplos disso, pois aumentam a suscetibilidade para desenvolvimento de quadros mais danosos. A pobreza também é, uma vez que regiões e grupos sem recursos financeiros se deparam com a escassez de suporte médico e tratamento. Entretanto, todos eles foram desconsiderados.

Dados são preocupantes, mas levantamento pode auxiliar em medidas mais eficazes de proteção.Dados são preocupantes, mas levantamento pode auxiliar em medidas mais eficazes de proteção.Fonte:  Pixabay 

Se, por um lado, os dados trazem preocupação, por outro, podem se tornar aliados poderosos em pouco tempo. Isso porque, com essas informações, é possível determinar a vulnerabilidade da população e dedicar esforços para direcionar vacinas ou tratamentos eficazes prioritariamente àqueles que mais podem sofrer com o contágio do novo coronavírus.

Sabe-se, até o momento, dos perigos da pandemia especialmente para essas pessoas. No entanto, Andrew Clark, autor do estudo, afirma que o avanço da pesquisa é baseado na construção de uma dimensão mais exata da quantidade de envolvidos.

Metodologia

Foram compiladas 11 categorias que demandaram tratamento contínuo, dentre elas estão as doenças renais, pulmonares, respiratórias e cardíacas, bem como os pacientes  imunocomprometidos. Depois disso, os pesquisadores extraíram dados da Global Burden of Disease Study, pesquisa mundial com última atualização em 2017, para identificar a quantidade de portadores dessas condições.

Com informações consolidadas de aproximadamente 200 países, os cientistas chegaram à taxa de aproximadamente 22% de habitantes do planeta que apresentam maior risco quando expostos ao Sars-CoV-2. Ainda assim, Clark é enfático: “Nem todo mundo que tenha algo do tipo vai precisar de hospital”. Segundo ele, maior risco não quer dizer que seja necessariamente alto.

Maior risco não determina que seja, necessariamente, um risco alto.Maior risco não determina que seja, necessariamente, alto.Fonte:  Pixabay 

Quanto à necessidade de suporte médico, as notícias não são exatamente animadoras. Estima-se que cerca de 349 milhões de pessoas precisariam de hospitalização caso fossem infectadas, totalizando cerca de 4% da população mundial.

Começo de uma série de abordagens

Apesar de bem-vinda, essa é apenas a primeira de uma série de novas pesquisas mais detalhadas, uma vez que desconsidera diversos fatores determinantes para ações localizadas. Afinal, como dito em sua conclusão, “com medidas de distanciamento variável no mundo todo e desconhecimento substancial sobre a transmissibilidade do vírus em diferentes contextos, qualquer tentativa de calcular o número de infectados em diferentes países será altamente incerta.”

“De qualquer forma, esperamos que nossas estimativas forneçam um ponto inicial útil para que se calcule quantos precisarão ser protegidos ou vacinados à medida que a pandemia global da covid-19 se desenrola.”

Legenda Corona

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