Cientistas recriam núcleo de Marte em laboratório

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Imagem: Smithsonian Magazine / Getty Images / Artur Debat / Reprodução - https://www.smithsonianmag.com/innovation/what-will-humans-eat-mars-180973260/

Pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, recriaram o núcleo de Marte em laboratório para poder estudar as suas propriedades e composição, uma vez que juntar uma porção de equipamentos e zarpar com destino ao Planeta Vermelho para conduzir levantamentos geofísicos não é uma opção viável!

Microescala

Evidentemente, o núcleo de mentirinha consistiu em uma mini micro minúscula versão do verdadeiro, mas nem por isso o projeto deixa de ser interessante. Os cientistas suspeitam que o centro de Marte consista em uma liga de ferro-enxofre e, para explorar sua composição e estudar a sua possível origem, eles foram investigar como se daria a propagação de ondas sísmicas em um ambiente contendo esses elementos e apresentando as mesmas condições de pressão que existiriam no interior do Planeta Vermelho – mas em uma escala muito menor.

Simulação em laboratórioSimulação em laboratórioFonte:  PBS / Shutterstock / Jurik Peter / Reprodução 

Assim, para replicar a situação que encontraríamos em Marte, os pesquisadores usaram uma amostra de liga de ferro-enxofre que foi submetida a pouco mais de 1,5 mil graus Celsius – temperatura a partir da qual o material se torna fluido – e a uma pressão de 13 GPa. Depois, os cientistas empregaram feixes de raios-x de dois síncrotrons diferentes para conseguir obter imagens das amostras, poder calcular com qual velocidade as ondas sísmicas se propagam pela liga e observar o seu comportamento.

Agora, com os resultados em mãos, os cientistas pretendem compará-los com as informações de sondas e exploradores espaciais que estão – ou serão lançados em breve – em órbita irão coletar sobre a atividade geológica em Marte. E, a partir da análise detalhada, determinar a composição do núcleo do planeta e desvendar segredos a respeito de sua origem. Aliás, se o método se provar eficaz, ele inclusive pode ser usado para explorar a formação de outros mundos.

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