O Aeroporto Internacional de Brasília vai monitorar a temperatura de passageiros que embarcarem em voos domésticos. Essa medida já era adotada desde o final de março, somente em voos que retornavam da capital federal e com a ajuda de uma equipe do Corpo de Bombeiros. Agora, este monitoramento será feito através de equipamentos termográficos que podem analisar, inclusive, a não utilização de máscaras.
Este aeroporto é o primeiro do país a oferecer o serviço, capaz de detectar, por exemplo, a real temperatura da pele mesmo com um copo de café quente próximo ao rosto do passageiro — ao contrário das câmeras térmicas utilizadas pelo Aeroporto de Bournemouth, na Inglaterra.
O passageiro cuja temperatura esteja acima de 37º será submetido a uma nova checagem com termômetro clínico. Caso seja comprovado o estado febril, serão entregues luvas e máscaras descartáveis. No final da checagem, o passageiro receberá a recomendação de ir ao Posto Médico do terminal aéreo e, se for necessário, ele será encaminhado a um hospital do Distrito Federal para a realização de exames.
“Somos o 3º maior aeroporto do Brasil e queremos que nossos passageiros tenham conforto e sintam protegidos no nosso terminal”, declara o vice-presidente da Inframerica, Juan Djedjeian.
A empresa responsável pela tecnologia é a Hikvision que divulgou, em um comunicado de imprensa, a instalação do equipamento no aeroporto. “Cada vez mais usual, esta solução possui tecnologia capaz de realizar a medição de temperatura de até 30 pessoas simultaneamente, com precisão de ± 0,3°C, além de emitir alertas em caso de suspeita de alta temperatura”, explica o diretor de Vendas da empresa no Brasil, Alvaro Junior.
Soluções térmicas e sua eficácia
É importante destacar que tecnologias deste tipo identificam apenas um grupo de portadores do vírus SARS-CoV-2: aqueles que apresentam a febre como sintoma. No entanto, um dos grandes desafios em enfrentar a covid-19 é identificar sua extensa variedade de sintomas e, pior: lidar com a presença de quadros assintomáticos.
Segundo o pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Sam Clifford, tecnologias voltadas para a análise térmica são limitadas, mas podem ser úteis para combater contaminações em espaços públicos.
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