A agência espacial russa Roscosmos anunciou no último domingo (10) que os tanques de um foguete responsável pelo transporte de um satélite científico em 2011 se desintegraram na órbita terrestre sobre o oceano Índico. De acordo com o 18º Esquadrão de Controle Espacial da Força Aérea dos Estados Unidos, não há indicações de que o fato tenha ocorrido devido a colisões.
Agora, cerca de 65 peças associadas ao equipamento estão sendo rastreadas, já que, de acordo com cientistas, mesmo pedaços aparentemente pequenos de lixo espacial podem causar verdadeiros desastres, dada a alta velocidade que com a qual se deslocam. Isso inclui danos a satélites e naves, colocando operações de segurança nacional em risco, e até perigo em solo, podendo atingir seres humanos.
“O colapso aconteceu em 8 de maio de 2020, entre as 2h e as 3h [horário de Brasília]. No momento, estamos nos dedicando a recolher dados para confirmar a quantidade de fragmentos deixada pelo foguete”, diz a nota da agência russa.
Spektr-R, satélite transportado em 2011 pelo foguete.Fonte: Orbiter.ch
Os detritos se juntaram aos mais de 500 mil objetos rastreados pelo Escritório do Programa de Detritos Orbitais da NASA, sendo que há mais de 100 milhões deles orbitando o planeta, medindo um milímetro ou menos.
Em 2011, o foguete levou ao espaço o Spektr-R, um radiotelescópio que parou de responder aos comandos terrestres em janeiro do ano passado e que, ainda em julho de 2019, foi substituído pelo Spektr-RG, em uma parceria entre a Rússia e a Alemanha.
Foguete responsável pelo lançamento do Spektr-RG em 2019.Fonte: Em Órbita
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