Astrônomos unem esforços para monitorar impactos na Lua

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Imagem: Science ABC / Reprodução - https://www.scienceabc.com/nature/universe/why-are-impact-craters-on-the-moon-round-and-not-some-other-shape.html

Para entender melhor o que os impactos de rochas espaciais podem causar aqui na Terra, os astrônomos ficam de olho no que acontece quando esses objetos colidem em outros astros – incluindo a nossa Lua, que é alvo constante de encontrões. Aliás, graças à proximidade do satélite ao nosso planeta, não é de estranhar que a atividade por lá seja monitorada. O problema é que, com a quantidade de satélites e lixo espacial circulando ao nosso redor, pode haver bastante interferência nas observações. Mas os cientistas encontraram uma forma de contornar esse detalhe: a colaboração.

100 colisões

De acordo com Meghan Bartels, do site Space.com, as colisões na Lua são detectadas na forma de flashes luminosos. No entanto, pode acontecer de a passagem de satélites e outros dispositivos interferirem na coleta de informações durante as observações. Pois, recentemente, cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) detectaram o 100º impacto na Lua desde que o monitoramento começou – e ele foi confirmado graças a dados coletados por astrônomos dos Emirados Árabes que observaram o mesmo flash de luz.

Olhe a 100ª colisão ali!Olhe a 100ª colisão ali!Fonte:  Space.com / ESA / NELIOTA / Reprodução 

A 100ª colisão ocorreu no dia 1 de março e, na ocasião, os pesquisadores da ESA conduziam as observações a partir do Observatório Kryoneri, na Grécia, através de um instrumento chamado NELIOTA – sigla de Near-Earth Object Lunar Impacts and Optical Transients. Mas para descartar a possibilidade de que o brilho detectado não havia sido criado por uma interferência, era necessário checar uma observação simultânea do mesmo fenômeno.

O outro time que detectou a mesma colisão se encontrava no Observatório de Impactos Lunares Sharjah, nos Emirados Árabes, e, após as duas equipes compararem os dados coletados – e conferirem o local do impacto e horário em que ele ocorreu –, o 100º evento do projeto da ESA foi confirmado. Contudo, apesar de o marco ser superbacana e tal, o mais legal mesmo foi a colaboração entre os astrônomos, provando que coisas incríveis acontecem quando compartilhamos informações e trabalhamos juntos.

Colaboração científicaColaboração científicaFonte:  Space.com / ESA / NELIOTA / Reprodução 

Com relação aos impactos propriamente ditos, os flashes são provocados por rochas espaciais medindo cerca de 5 centímetros de diâmetro e pesando por volta de 100 gramas e, portanto, jamais sobreviveriam à entrada na atmosfera da Terra – e não poderiam ser observadas pelos astrônomos. E ao longo de 150 horas de observações, o pessoal envolvido no projeto da ESA já detectou outras 2 trombadas depois da celebrada 100ª.

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