Quando a pandemia do coronavírus vai acabar? A resposta exata para essa questão ainda desafia pesquisadores, médicos e governantes de modo global, por se tratar de uma situação muito recente e, portanto, sem uma quantidade de informações consideráveis para determinar seus rumos.
Contudo, a Data-Driven Innovation Lab, empresa de análise de dados de Singapura, criou um site para “prever” a data de término da disseminação em várias partes do mundo, conforme atualizações diárias.
A iniciativa apresenta gráficos com o período dos primeiros casos confirmados de covid-19, seu desenvolvimento, fase atual, pico, provável data de redução do número de atingidos, além da estimativa de encerramento mundialmente e por país. Entretanto, esses dois últimos dados não devem ser vistos de modo preciso.
Aderência ao isolamento social e outras práticas recomendadas podem influenciar cenário futuro.Fonte: Pixabay
Isso porque a equipe do DDI leva em consideração a média de durabilidade geral da quantidade de casos registrados até o momento. Assim não inclui a adoção de medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para conter o avanço da doença em cada região, como isolamento social ampliado, higiene das mãos e uso de máscara.
Portanto, na prática a duração da pandemia pode ser muito maior do que o previsto nos índices em alguns lugares, incluindo o Brasil.
De acordo com o DDI, a pandemia do coronavírus teria uma baixa de casos mundiais a partir de 31 de maio (redução de 97%). Porém, a escala zerada só seria possível em 04 de dezembro de 2020.
Previsão para o fim do coronavírus no mundo, segundo trajetória da pandemia até o momento.Fonte: DDI/Reprodução
Já no Brasil, a covid-19 atingiria seu ápice em maio e teria uma redução considerável no número de afetados (97%) somente em 06 de junho. O contágio seria zerado somente em 06 de setembro.
Gráfico traz previsão da pandemia no Brasil.Fonte: DDI/Reprodução
Previsão otimista demais?
O cenário apontado pelo DDI, como dito, seria apenas uma possibilidade em meio a incertezas, como adoção do distanciamento social pela população, remédio para tratamento, vacina e cura da doença. Além disso, nem sempre o número oficial de casos confirmados condiz com a realidade (há estudos que sugerem uma quantidade muito maior).
Exemplo disso é que um estudo realizado por cinco pesquisadores da Universidade de Harvard, publicado em 14 de abril na revista Science, revela que a necessidade de manter as práticas de prevenção indicadas até pelo menos 2022 (especialmente a de distanciamento social).
“Estudos sorológicos longitudinais são urgentemente necessários para determinar a extensão e a duração da imunidade à SARS-CoV-2 [covid-19]. Mesmo no caso de aparente eliminação, a vigilância de SARS-CoV-2 deve ser mantida, pois um ressurgimento do contágio pode ser possível até 2024”, alerta a pesquisa.
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