Enquanto muitos falam em a população retornar à rotina, a verdade é que muita gente ainda permanece em suas residências e as orientações de que o distanciamento social seja mantido continuam vigentes. Pois, se você é da turma que continua em casa e já esgotou – ou se cansou – das opções à mão para se distrair e está em busca de um novo hobby, que tal aproveitar o momento para desenvolver o gosto pela Astronomia ou, quem sabe, despertá-lo em seus filhos, caso você esteja preso com eles em seu lar?
Principiantes
É claro que para quem é fã de Astronomia e gostaria de se aprofundar no tema, o momento atual é bastante propício – com mais tempo em casa e níveis mais baixos de poluição. O que não é muito propício é o custo dos equipamentos normalmente usados para a observação dos astros, mesmo os amadores.
Comece aos poucosFonte: National Geographic / Shutterstock / Vchal / Reprodução
No entanto, para os iniciantes, o mais indicado é começar as observações com binóculos de boa qualidade. Esses dispositivos já permitem que possamos vislumbrar, por exemplo, crateras na Lua e admirar com mais detalhes as diferentes fases lunares, assim como contemplar estrelas, constelações, aglomerados e até alguns planetas, como Vênus, Marte e, dependendo das circunstâncias, até Júpiter e Saturno.
A aquisição de telescópios é indicada para mais tarde – para depois de que já consigamos identificar e reconhecer o que vemos no céu noturno com mais desenvoltura. Isso porque, começar com um equipamento mais potente quando não sabemos muito bem como manuseá-lo, o que ele nos está mostrando ou nem para onde devemos apontá-lo exatamente pode ser bastante frustrante.
Um passo de cada vezFonte: Gladstone Observer / Reprodução
O horário mais indicado para as observações é o crepúsculo, ou seja, justo antes do amanhecer, uma vez que, nesse período, como o brilho é menor, fica mais fácil observar a Lua de forma mais minuciosa. E depois, conforme os mais principiantes vão ganhando confiança e começam a reconhecer mais estruturas no céu, então já se pode pensar em investir em equipamentos mais robustos do que os binóculos.
Mapeando o céu
Entre as observações realizadas com binóculos e a aquisição de um telescópio, uma ferramenta que pode ajudar a identificar o que estamos observando é o planisfério celeste – uma espécie de mapa composto por 2 discos que giram sobre o próprio eixo e que pode ser ajustado para exibir quais astros estarão visíveis em determinadas datas e horários.
Planisfério celesteFonte: Wikimedia Commons / Diego Rodriguez / Reprodução
O planisfério consiste em uma versão modernizada dos antigos astrolábios, os instrumentos que os gregos antigos desenvolveram para ajudá-los a navegar pelos mares com base na posição dos astros – e é especialmente útil para quem deseja aprender a reconhecer estrelas e constelações no céu noturno.
Além disso, o que não faltam na internet são sites, canais e plataformas repletas de conteúdo focado em Astronomia para você se aprofundar no tema – abaixo, nas referências desta matéria, você encontra uma pequena seleção. E, considerando que agora todos temos um pouquinho mais de tempo livre e que o céu anda mais limpo que de costume, vale muito a pena tentar!
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