O desenvolvimento tecnológico militar está alcançando patamares dignos de ficção científica. A U.S. Space Force (Força Espacial dos Estados Unidos), órgão especializado em operações militares no espaço, anunciou a aquisição de sua primeira arma ofensiva: um bloqueador de sinal de satélites.
Também conhecidos como jammers, dispositivos do tipo criam um sinal que interrompe a frequência de quaisquer rastreadores, neutralizando momentaneamente sinais de GPS/GPRS. O diferencial, neste caso, é que, em vez de “esconder” celulares ou dispositivos menores, o equipamento da Space Force é capaz de afetar satélites inteiros a partir do solo, tornando-os temporariamente inúteis.
(Fonte: DefenceTalk)Fonte: DefenceTalk
Ainda que não represente um perigo por si só, aliado a outras táticas militares, o bloqueador é uma ameaça gigantesca a adversários. Afinal, qualquer um que dependa de informações vindas de um satélite desativado ficará totalmente vulnerável, carente de sinais de alerta de mísseis ou mesmo de outras formas de comunicação, incluindo soldados e até países inteiros.
Guerra nas Estrelas
A novidade, entretanto, já existe há alguns anos, tendo sido entregue somente agora aos militares. De acordo com a Popular Mechanics, uma revista norte-americana dedicada à ciência e à tecnologia, a Rússia já conta com equipamento semelhante desde o ano passado. A publicação afirma, ainda, que existem ao menos 13 sistemas do tipo no mundo desde 2017. A China, supõe-se, está no seleto grupo de países armados.
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(Fonte: Getty Images)Fonte: Getty Images
“Não existem informações públicas ou quaisquer características técnicas disponíveis a respeito do sistema, como faixas de frequência, níveis de potência e formas de onda utilizados. Mesmo assim, podemos pressupor que ele é capaz de bloquear a maior parte dos sinais comerciais e militares, assim como seu uso contra satélites de comunicações geoestacionárias, uma vez são os mais comuns”, afirma relatório da The Secure World Foundation.
É difícil que saibamos mais detalhes a respeito de tais iniciativas, já que são informações confidenciais protegidas pelas maiores potências mundiais, mas existe uma certeza: as guerras, definitivamente, não serão mais as mesmas.
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