O Facebook vai realizar um mapeamento da disseminação do novo coronavírus a nível mundial usando a sua plataforma de rede social. Os planos de pesquisa foram detalhados nesta segunda-feira (20) pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg, em um artigo de opinião no jornal The Washington Post.
Segundo Zuckerberg, o Facebook passou as últimas semanas realizando um levantamento da covid-19 nos Estados Unidos em uma parceria com a Carnegie Mellon University. A pesquisa envolvia um questionário aplicado em uma postagem dentro do Facebook, com perguntas elaboradas pelos pesquisadores para identificar pacientes com sintomas da doença. A ideia é identificar não só aqueles que foram oficialmente diagnosticados e estão em tratamento, mas também quem não buscou ajuda médica mesmo após apresentar febre alta e dificuldades para respirar, por exemplo.
Com mais de um milhão de respostas por semana, os resultados preliminares ajudaram a criar uma espécie de mapa de espalhamento do novo coronavírus em determinadas regiões — identificando, por exemplo, que certos subúrbios de Nova York já apresentam uma taxa de 2% a 3% de pessoas infectadas. De acordo com o executivo, já para evitar eventuais problemas judiciais no futuro, nenhuma informação obtida dos questionários é compartilhada com o Facebook.
Fase dois
Com o sucesso inicial da pesquisa, o Facebook agora se juntou com a Universidade de Maryland para aplicar globalmente o questionário, com o objetivo de auxiliar autoridades de saúde e governos com mais dados precisos a respeito da doença. Como ela vai utilizar perfis mais completos de usuários, que são cadastrados no Facebook e que já compartilham informações com a rede social, as respostas são valiosas pelo alto grau de precisão na localização do usuário.
Uma API está em desenvolvimento para facilitar a consulta a esses dados por autoridades de todo o mundo. Além disso, o Facebook já anunciou um investimento milionário em organizações jornalísticas para auxiliar a produção de conteúdo no período de pandemia.
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