Detectada supernova mais “explosiva” de que se tem notícia

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Imagem: New Scientist / Reprodução - https://www.newscientist.com/article/2240389-astronomers-have-spotted-the-most-powerful-supernova-ever/

Astrônomos do Harvard College Observatory, em parceria com cientistas do Observatório de Astrofísica da Instituição Smithsonian, descobriram a mais brilhante supernova já detectada. O evento teve lugar em uma galáxia situada a mais ou menos 4 bilhões de anos-luz da Terra e, pelas proporções da explosão, os pesquisadores acreditam que ela pode ter resultado da fusão de uma dupla de estrelas.

Evento explosivo

A supernova em questão foi catalogada sob a sigla SN2016aps e, segundo estimaram os cientistas, gerou uma liberação de energia gigantesca que chegou a ser 10 vezes superior à observada em explosões estelares típicas. Além disso, os astrônomos calcularam que a proporção de luz visível emitida pelo evento foi 500 vezes maior do que a das supernovas normais.

Boom!Boom!Fonte:  Tunis Daily News / Reprodução 

Mas, ademais de ser a mais brilhante explosão estelar desse tipo já detectada, a SN2016aps ofereceu aos astrônomos uma oportunidade única para estudar essa classe de fenômeno. As observações revelaram que, enquanto em supernovas comuns a radiação emitida representa menos de 1% de toda a energia liberada, na SN2016aps, a radiação atingiu níveis 5 vezes maiores – os mais elevados já registrados até agora.

Os astrônomos também encontraram grandes quantidades de hidrogênio no local onde a explosão se deu e calcularam que a supernova acumulava uma quantidade entre 50 e 100 vezes a massa do nosso Sol – fatores que serviram de pista para que o time pudesse reconstruir o que possivelmente aconteceu.

Fusão violenta

Segundo explicaram, enquanto estrelas mais massivas, quando estão chegando ao final de suas vidas úteis, perdem a maior parte do hidrogênio antes de se converterem em gigantes vermelhas pulsantes, estrelas menores tendem a manter o seu conteúdo desse elemento por mais tempo.

Dança perigosaDança perigosaFonte:  Quartz / Reprodução 

Pela quantia de hidrogênio identificada no local da explosão, os astrônomos acreditam que a supernova tenha ocorrido depois de um sistema binário composto por estrelas não supermassivas – mas com massas suficientes para gerar instabilidades no sistema – entrar em colapso e resultar na fusão da dupla.

Depois, quando a supernova finalmente aconteceu, os fragmentos estelares se chocaram contra as grandes quantidades de hidrogênio concentradas ali, intensificando a explosão. O bacana é que esse é o primeiro evento de tal magnitude detectado no Universo e, agora que os astrônomos sabem que supernovas colossais como essas podem ocorrer naturalmente, eles poderão vasculhar o cosmos em busca de explosões semelhantes para estudar.

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