A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, nesta segunda-feira (13), os critérios que devem ser avaliados pelos governos antes de suspender as medidas de isolamento social como forma de prevenção da covid-19. O objetivo é evitar que a pandemia avance novamente.
Em entrevista coletiva, o diretor-geral da entidade Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou ser essencial que os países interessados em flexibilizar ou suspender a quarentena o façam de maneira cuidadosa e gradual. Segundo ele, tal atitude só deve ser tomada a partir do momento em que a transmissão do novo coronavírus estiver sob controle.
O diretor do Programa de Emergências em Saúde da OMS Michael Ryan também ressaltou que cuidados como lavar as mãos frequentemente e manter o distanciamento físico em locais de grande movimentação deverão ser seguidos por um longo tempo, mesmo depois do fim das restrições.
O uso de máscaras deverá continuar por um longo tempo ainda, conforme a OMS.Fonte: Freepik
Outro ponto destacado por Ryan é quanto ao uso de máscaras como substituição da quarentena. De acordo com ele, o simples ato de cobrir o rosto não é uma alternativa ao distanciamento social. O epidemiologista afirma que elas devem ser parte de uma estratégia mais abrangente e não apenas o único método de prevenção da doença.
Critérios da OMS para suspender a quarentena
Para os países interessados em flexibilizar ou suspender a quarentena, a OMS recomenda analisar os seguintes critérios:
- A transmissão da covid-19 deve estar controlada
- O sistema de saúde precisa conseguir detectar, testar, isolar e tratar todos os casos, além de rastrear todos os contatos
- Os riscos de surtos devem estar minimizados em contextos especiais, como instalações de saúde e asilos
- Medidas preventivas devem ser adotadas em locais de trabalho, escolas e demais lugares aonde seja essencial a presença de pessoas
- Os riscos de importação devem ser administrados
- As comunidades devem estar completamente educadas, engajadas e empoderadas para se ajustarem à "nova norma"
Nesta terça-feira (14), a entidade vai divulgar um estudo completo com todas as novas recomendações.
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