Entre hoje (7) e quinta-feira (9), o mundo vai poder apreciar uma superlua – a maior das luas cheias, quando nosso satélite natural fica mais perto da Terra (o chamado perigeu). O fenômeno, também conhecido como Lua Rosa, Lua do Pessach ou Lua Pascal, vai poder ser visto nesta terça a partir das 18h08 (horário de Brasília).
Na quarta-feira (8) a Superlua Rosa estará em sua plenitude, nascendo às 18h55; na quinta, começará a entrar em sua fase minguante (às 19h43). Infelizmente, nem todo mundo no Brasil poderá vê-la: a previsão do tempo para hoje, segundo o site Climatempo, é de céu fechado para quase todo o país. Entre as capitais, apenas Porto Alegre, Florianópolis, Maceió, Recife, Aracaju e João Pessoa têm 0% de probabilidade de chuvas.
As cidades de litoral (como o Rio de Janeiro, palco de uma ressaca na semana passada que invadiu as pistas da orla e provocou ondas de até 3,5 metros) vão experimentar marés mais acentuadas, sejam elas altas ou baixas, por causa da superlua.
Por que rosa?
Superluas que acontecem nesta época do ano não se tingem de rosa. O nome foi dado por causa de uma flor silvestre chamada flox (Phlox subulata), típica do leste dos EUA e que brota no início da primavera do hemisfério norte.
O surgimento na flox marca a chegada da primavera nos EUA.Fonte: Wikipedia Commons/Pawel Michalik
O nome surgiu pela primeira vez no Almanaque do Velho Fazendeiro, tradicional no meio rural americano e usado por gerações como guia de plantio e criação de animais. A nomenclatura de alguns fenômenos naturais que aparecem nessa publicação vêm de denominações criadas e usadas originalmente por tribos americanas. Algumas delas (como a Lua Rosa da Primavera) persistiram até os dias atuais.
Para reforçar a ligação do nome da superlua com a estação, as marés extremas ficaram conhecidas, em inglês, como "maré de primavera" (spring tide, em inglês), sendo a palavra spring derivada do alemão springen. O termo significa "brotar" (por causa das altas ondas que pulam do mar durante a maré alta) e não tem nada a ver com o surgimento das primeiras flores.
Tem super e tem micro
Mesmo não sendo rosa, a lua cheia que poderá ser vista hoje no céu estará 7% maior e muito mais brilhante. Quanto ao “super”, a denominação foi dada pelo astrólogo (sim, astrólogo, não astrônomo) americano Richard Noelle em 1979. Segundo ele, são superluas aquelas que alcançam 90% do seu perigeu. Hoje, o termo é usado somente para luas cheias.
Apenas a lua cheia no perigeu é chamada de "super".Fonte: Space/Instagram/gowrishankar83
Em contrapartida, existem as miniluas (também chamadas de microluas) que acontecem quando o satélite está à maior distância da Terra (ou seja, no apogeu). A próxima deve subir ao céu no 31 de outubro, parecendo ser 13,8% menor do que o normal.
Se o céu está cheio de nuvens, você pode conferir a superlua de abril via live streaming agora, no YouTube.
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