Facebook compartilha localização de usuários com pesquisadores

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O Facebook está expandindo seu relatório de localização para obter mais detalhes sobre a locomoção dos residentes dos Estados Unidos em meio à pandemia do novo coronavírus. Batizada de Data for Good (Dados para o bem, em tradução livre), a campanha apresenta gráficos de deslocamento de vários estados norte-americanos e agora solicita a descrição de sintomas de usuários.

Relacionada com a Carnegie Mellon University, a pesquisa busca coletar dados de voluntários para abastecer o estudo sobre a pandemia. A companhia está convidando alguns usuários para informarem sintomas que estejam sentindo durante o isolamento. As respostas são anônimas e servem para identificar novos centros da covid-19.

"Nós acreditamos que o Facebook e outros da indústria da tecnologia podemos e deveríamos continuar procurando por meios inovadores para auxiliar autoridades de saúde e cientistas a responder à crise", disse Steve Satterfield, diretor de privacidade e políticas públicas do Facebook. "Mas acreditamos que esses esforços não devem comprometer a privacidade do público", completou.

Para o Facebook, dados podem demonstrar padrões de disseminação da doençaPara o Facebook, dados podem demonstrar padrões de disseminação da doençaFonte:  The Verge/Reprodução 

Satterfield defende que o compartilhamento de dados com autoridades não exige a identificação dos usuários participantes. "Nós acreditamos que podemos ajudar sem abrir mão da proteção de dados". As ferramentas lançadas nesta segunda-feira (06) incluem mais dados de localização, que agora ilustram locomoção entre municípios, tendências de mobilidade e comportamento diante das recomendações de isolamento físico.

A criação de modelos para previsão dos acontecimentos também é algo visado por autoridades de saúde norte-americanas, e os dados do Facebook podem ajudar no desenvolvimento. "Medir o impacto das políticas de isolamento social é algo fundamental neste ponto. Mais dados relacionados a isso proporcionam mais insights que protegem a privacidade individual e são úteis para políticos e pesquisadores na construção de modelos de predição", disse Caroline Bucker, diretora associada do Center for Communicable Disease Dynamics da Universidade Harvard, em um comunicado.

Recentemente, o Google tornou públicos dados de localização e mobilidade de 131 países, direcionando-os especialmente para pesquisadores e autoridades de saúde. Da mesma forma, a gigante das pesquisas procura colaborar com a tomada de decisão dos governos e mostrar como as políticas de quarentena afetaram os hábitos da população.

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