Você se lembra do filme MIB – Homens de Preto, em que havia uma galáxia inteira dentro de uma bola de gude? Aparentemente, a Via Láctea e outras galáxias vizinhas passam pela mesma situação, mas estariam dentro de uma bolha com 250 milhões de anos-luz de diâmetro. A proposta foi feita por Lucas Lombriser, da Universidade de Genebra, na Suíça, e poderia explicar como alguns renomados cientistas obtêm resultados diferentes na hora de calcular a taxa de expansão do Universo.
A ideia é que tudo surgiu há 13,8 bilhões de anos, com o Big Bang. Desde então, o Universo estaria se expandindo, mas a velocidade que isso acontece depende do parâmetro analisado. Resumindo: se os dados analisados forem baseados na radiação cósmica de fundo, o resultado é 10% menor do que se forem usados dados de supernovas distantes.
A proposta de Lombriser é que a Via Láctea, o Sistema Solar, a Terra e diversos outros astros nas redondezas estariam dentro de uma gigantesca bolha, que teria metade da densidade do resto do Universo. Assim, as duas análises de expansão poderiam ser consideradas corretas.
A primeira delas é baseado no fundo cósmico de micro-ondas, uma radiação proveniente de todos os lugares do Universo, tendo surgida quando ele esfriou o suficiente para a luz circular – algo em torno de 300 mil anos após o Big Bang. Já o segundo método é através da análise de supernovas muito distantes: por serem muito brilhantes, é possível determinar distâncias muito mais precisas.
E ainda que as técnicas tenham se aprimorado ao longo dos anos, elas continuam gerando valores diferentes para a taxa de expansão do Universo. A teoria de Lombriser de que a densidade da bolha seria 50% inferior do que a do resto do cosmos explicaria a diferença desses resultados. Agora resta esperar como seus colegas cientistas vão reagir à sua proposta.
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