A NASA lançou recentemente um desafio para a comunidade global de inventores chamado "Explorando o inferno: evitando obstáculos em um rover automático" com o objetivo de selecionar o melhor projeto de sensor para ser utilizado na próxima exploração em Vênus.
A agência já enviou uma série de missões ao planeta, mas poucas delas tiveram contato com a difícil superfície. A última sonda a andar por essas terras foi a soviética Vega 2 em 1985, que funcionou por apenas 56 minutos.
Antes de parar de funcionar, Vega 2 registrou a temperatura de 463 ºC na superfície de Vênus e uma pressão 91 vezes mais alta do que a pressão atmosférica presente na Terra. Diante da ausência de tecnologias que suportem condições extremas da superfície de Vênus, a NASA abriu um concurso para a criação de um sensor que ajude seu próximo rover automático a vencer os obstáculos do planeta.
O objetivo do chamado “rover automatizado para ambientes extremos” (AREE, na sigla em inglês) é passar longos meses em Vênus e percorrer grandes áreas coletando dados científicos. Para ganhar o desafio, é preciso projetar um sensor capaz de identificar qualquer obstáculo, como rochas, terrenos íngremes e fendas. Essa, no entanto, será a parte mais fácil do projeto.
O problema está em desenvolver um sensor que não dependa de sistemas eletrônicos, uma vez que a eletrônica de ponta atual não funciona acima de 120 ºC e faria com que o rover não resistisse mais do que alguns minutos na superfície de Vênus.
O período de inscrição vai até 29 de maio deste ano através da plataforma de fundos coletivos heroX. O primeiro colocado vai levar para casa nada menos do que US$ 15 mil, o segundo colocado ganhará US$ 10 mil e o terceiro, US$ 5 mil. Clique para se inscrever no projeto que levará um rover a Vênus.
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