Cientistas da Suíça, Itália e Reino Unido conseguiram fazer com que um neurônio biológico se comunicasse com dois neurônios artificiais por meio da internet, em uma rede neural internacional conectada remotamente, que é a primeira desse tipo já desenvolvida no mundo.
O neurônio biológico foi retirado do cérebro de um rato, e está localizado em um laboratório da Universidade de Pádua, na Itália. As células cerebrais artificiais, feitas à base de silício, estão situadas na Universidade de Zurique, na Suíça. A troca de informações foi realizada por meio de um nódulo de comunicação na Universidade de Southampton, no Reino Unido, que serviu como “ponte”.
A esse nódulo de comunicação, os pesquisadores deram o nome de “sinapse”, o mesmo nome que é dado às conexões entre células cerebrais individuais.
A pesquisa foi publicada na terça-feira (25), na revista Scientific Reports, e ainda está nos estágios iniciais. É difícil comparar o comportamento de um neurônio de rato cultivado em uma placa de Petri com o de um neurônio humano em seu órgão nativo.
A rede ainda é considerada simples, mas pode servir como base de estudos em situações de interação entre cérebro e computador, como no caso da substituição de partes disfuncionais do cérebro por chips de IA, criando redes neurais híbridas complexas.
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