Se tudo correr bem, a SpaceX vai passar à frente da Boeing e se tornar a primeira empresa privada a levar astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS). A empolgação com a chegada da cápsula Crew Dragon na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, foi tanta que a NASA acabou por cometer uma indiscrição, ao dizer em um tweet que a Crew Dragon "levará (ao espaço) a primeira tripulação americana desde 2011".
Poucos minutos depois, o tweet e a postagem correspondente no blog da NASA foram apagados e substituídos por um texto mais abrangente.
Welcome to Florida, #CrewDragon! ??
— NASA Commercial Crew (@Commercial_Crew) February 15, 2020
This @SpaceX spacecraft has arrived at the launch site for its first crew mission: https://t.co/9VVzpUgHxU pic.twitter.com/mUj3iFYE4u
O primeiro voo experimental da missão até a ISS ("Demo-2"), levando os astronautas Bob Behnken e Doug Hurley, deve acontecer entre abril e maio deste ano.
Erro em software pode custar a primazia
Em 2014, a NASA assinou contrato com a Boeing (Starliner) e a SpaceX (Crew Dragon) para a construção de veículos tripulados a serem usados na ponte espacial entre Cabo Canaveral e a ISS. A Boing recebeu US$ 5,1 bilhões e a Space X, US$ 3,1 bilhões.
Enquanto a SpaceX, entre inúmeros percalços, conseguiu solucionar os problemas, a Boing continua a acumulá-los. Em novembro passado, os motores da cápsula não funcionaram, obrigando a Starliner a voltar à Terra sem se acoplar à ISS.
Os dados da missão estão sendo analisados por investigadores da Boing e da NASA, e o relatório final deve sair até o fim deste mês.“Até agora, descobrimos muitos erros no software da Boeing, o que resultou em pelo menos duas falhas graves. O que ainda não sabemos é se são apenas duas ou centenas“, revelou o administrador da Missão de Exploração e Operações Humanas da NASA, Doug Loverro.
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