De modo geral, a ferrugem consiste em uma baita chateação. Ela mancha, estraga, condena e inutiliza objetos – e ninguém gosta de ter vestígios dela por perto. No entanto, pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte conseguiram encontrar uma utilidade para a ferrugem que pode ser de grande interesse para astronautas e futuros viajantes espaciais.
Escudo
Segundo descobriram os cientistas, a ferrugem pode funcionar como um eficiente escudo protetor contra a radiação cósmica – que não só pode ser extremamente prejudicial para os humanos que se aventuram no espaço, como deteriorar dispositivos e equipamentos levados nas missões.
Mais especificamente, a equipe identificou que o óxido de gadolínio (III) é capaz de bloquear mais radiação por peso de composto do que qualquer outro material conhecido. O interessante é que o óxido se apresenta na forma de um pó esbranquiçado e, de acordo com os pesquisadores por trás do estudo, bastaria aplicar uma camada dele sobre a superfície do objeto ou corpo que será exposto aos rigores do espaço para criar uma barreira de proteção.
A estimativa é de que, com o uso do óxido de gadolínio no lugar das opções utilizadas atualmente, as missões espaciais poderiam apresentar uma redução de peso na ordem de 30%, mais ou menos, o que se traduziria na forma de uma economia e tanto – ou, no caso de que se mantenham os mecanismos tradicionais e se adicione a ferrugem, aumentar o nível de proteção contra a radiação cósmica em 30%.
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