A cada 34 horas, a respiração dos técnicos e cientistas da NASA era suspensa até surgir, em uma das telas da sala de controle, a resposta a um comando enviado à Voyager 2. Depois de dias de tensão, a manobra mal-sucedida realizada pela longeva sonda foi revertida e a nave, agora a 18,5 bilhões de quilômetros de distância, voltou a se comunicar com a Terra.
Good vibes! Voyager 2 continues to be stable, and communications between Earth and the spacecraft are fine.
— NASA Voyager (@NASAVoyager) February 6, 2020
My twin is back to taking science data, and the team at @NASAJPL is evaluating the health of the instruments following their brief shutoff. https://t.co/LmsWQ7wPat pic.twitter.com/xyhM1G8sTD
A pane veio logo depois de a Voyager 2 receber o comando para girar 360° e, assim, calibrar um de seus instrumentos. Além de não fazer isso, a nave ainda manteve online os dois sistemas que mais consomem energia. O problema acionou uma proteção automática, que desliga todos os instrumentos científicos da sonda para economizar energia.
O desafio foi consertar a pequena espaçonave, hoje a que mais longe foi no espaço interestelar. A cada 17 horas, o sinal da Voyager 2 chegava, e um comando era transmitido – para ser recebido, em algum lugar já fora do sistema solar, 17 horas depois.
Tecnologia mais nova
Ondas de rádio enfraquecem à medida que percorrem grandes distâncias: o sinal captado das Voyager tem menos energia que uma lâmpada de geladeira. Por essa razão, as novas missões usarão lasers nos sistemas de comunicação.
A nova parabólica Deep Space Station-23 (DSS-23), construída na Califórnia, será integrada à Deep Space Network (DNS), a rede de antenas pelo mundo que captam sinais das inúmeras sondas hoje no espaço, como as Voyager 1 e 2 e a New Horizont. Mais duas serão instaladas na Espanha.
A DSS-22 usará um receptor capaz de captar feixes de lasers transmitidos por sondas no espaço profundo.A nova tecnologia será empregada nas próximas missões da agência espacial, como o retorno à Lua em 2024 e a tripulada à Marte, a partir de 2030.
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