Uma equipe de cientistas registrou a temperatura de 20,75°C na Antártica, considerada a maior observada da história na região. Contudo, segundo Carlos Schaefer, pesquisador brasileiro integrante do grupo, o resultado não tem ligação direta com mudanças climáticas, pois a grandeza obtida é única e não faz parte de um conjunto de dados em longo prazo.
A leitura de temperatura, nesse caso, foi realizada na Ilha Marambio — ou Seymour Island —, localizada na Antártida peninsular. A porção abriga um centro argentino de estudos e um projeto de pesquisa de mais de 20 anos sobre o impacto das mudanças climáticas na região. Nesse sentido, a nova amostra será catalogada pelos cientistas como parte desse trabalho e para avaliações futuras, se necessário.
“Não podemos usar isso para antecipar mudanças climáticas no futuro. É um ponto de dados”. “É simplesmente um sinal de que algo diferente está acontecendo”, completou Schaefer. Conforme o Serviço Meteorológico da Argentina, um dos responsáveis por acompanhar o clima na Antártica. No começo de fevereiro, o continente havia batido o recorde de alta temperatura, com um registro de 18,3°C.
A situação, entretanto, ainda serve de alerta para moradores locais, pois significa aceleração do derretimento das camadas de gelo regionais. Logo, caso isso vire uma tendência, o nível do mar aumentaria e suas águas poderiam invadir parte de cidades costeiras próximas.
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