Recorde assustador: termômetros marcam mais de 18 °C na Antártida

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Segundo informações divulgadas pelo Serviço Meteorológico Nacional da Argentina, SMN, a base de pesquisas Esperanza, situada na extremidade norte da Península Antártica, registrou na quinta-feira passada, 6 de fevereiro, cálidos 18,3 °C. Considerando que estamos falando da Antártida, o continente mais gelado do planeta – onde os termômetros já chegaram a marcar – 93,2 °C, a temperatura mais baixa registrada na Terra –, caso a leitura seja confirmada, trata-se de uma notícia bastante preocupante.

Recorde

De acordo com o SMN, essa é a temperatura mais elevada já documentada na Antártida desde que essas informações começaram a ser registradas, em 1961, e os 18,3 °C de agora superam outro preocupante marco anterior – o recorde de 17,5 °C alcançados no final de março de 2015. A leitura feita pelo pessoal da base argentina foi divulgada pelas redes sociais e uma comissão da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência afiliada à Organização das Nações Unidas, está trabalhando na confirmação da medição.

(Fonte: Renew Economy / Reprodução)

A equipe da OMM deverá coletar mais informações meteorológicas referentes à data em que a leitura foi realizada e tentar identificar (ou descartar) a possibilidade de que algum fenômeno tenha causado a elevação. No entanto, infelizmente, tudo parece indicar que o registro reflete a realidade da Antártida – e se as coisas continuarem como estão, ela deixará de ser o Continente Gelado nas próximas décadas.

(Fonte: New Atlas / Depositphotos / Marc Andre Le Tourneux / Reprodução)

Hoje, a Península Antártica está entre as regiões mais afetadas pelo aquecimento global e, nos últimos 50 anos, as temperaturas médias sofreram um aumento de quase 3 °C. Além disso, no decorrer dessas 5 décadas, mais de 85% de seus glaciares retrocederam devido ao degelo, o índice de derretimento do manto gelado que recobre o continente aumentou em 6 vezes entre 1979 e 2017, e diversas plataformas já entraram ou estão à beira do colapso.

Como se fosse pouco, o aporte de água proveniente do derretimento, aliado à elevação das temperaturas globais, ademais de causar a elevação do nível dos oceanos, também provoca desequilíbrios tanto na composição dos mares como na circulação das correntes marinhas. E o resultado é que impacto dessas mudanças todas não só afetam ecossistema inteiros, como podem levar à extinção em massa de uma enorme quantidade de espécies.

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