A NASA divulgou, nesta segunda-feira (10), a rara imagem de um redemoinho gigante se deslocando no solo de Marte, fenômeno causado por bolsas de ar de baixa pressão que se movem em alta velocidade pela superfície do planeta vermelho, levantando grandes quantidades de poeira.
Capturada pela câmera HiRISE, que funciona acoplada ao satélite Mars Reconaissance Orbiter (MRO), em órbita no planeta desde 2006, a impressionante imagem do redemoinho marciano foi registrada no dia 1º de outubro de 2019, mas divulgada somente agora.
Segundo a Universidade do Arizona, responsável por operar o equipamento fotográfico do satélite da NASA, o núcleo do redemoinho tinha 50 metros de diâmetro na hora em que a imagem foi capturada, enquanto ele se movia por uma das planícies mais conhecidas de Marte, a empoeirada Amazonis Planitia.
A instituição informou também que pela sombra gigante projetada no solo (faixa escura localizada atrás do objeto fotografado), estima-se que a nuvem de poeira em rotação tenha alcançado uma altura de 650 metros, aproximadamente.
Fenômeno difícil de registrar
Não é nada incomum ocorrerem redemoinhos no solo marciano — pelo contrário, eles são até frequentes. Mas é raro capturar o fenômeno em movimento, como observa a Universidade do Arizona, pois a câmera precisa estar no lugar certo e na hora exata para registrar a imagem.
O próprio MRO já registrou uma dessas gigantescas “torres de poeira” em 2012, cuja altura chegou a 20 quilômetros. Em 2016, foi a vez da sonda Opportunity mostrar um redemoinho bem de perto. O curioso é que o rover seria vítima de um outro fenômeno comum no planeta vermelho, dois anos depois: tempestades de poeira.
Após ser atingido pela poeira, o veículo explorador não respondeu mais aos comandos enviados pela agência espacial americana, deixando de funcionar devido a falhas no sistema de carregamento da bateria, que utilizava a luz solar.
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