Nesta quinta-feira (06), o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina anunciou em sua conta do Twitter que a Antártica está ficando mais quente. As temperaturas na Base Esperanza, estação de pesquisa do SMN no continente, alcançaram os 18.3ºC. O último recorde foi de 17.5ºC, registrados em 24 de março de 2015 no extremo norte da península.
Isso demonstra que já estamos vivendo uma emergência climática. Apesar de esse ser um dos lugares mais frios do mundo, a Antártica também é um centro dos impactos mais agressivos do efeito estufa. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (WMO na sigla em inglês), o continente esquentou quase 3ºC nos últimos 50 anos.
Essas mudanças climáticas fazem com que as camadas de gelo derretam rapidamente — um fenômeno problemático, uma vez que essa superfície é responsável por refletir a luz solar.
O derretimento glacial descontrolado gera, entre outros problemas, a elevação do nível do mar. Além disso, os oceanos também ficam mais quentes, já que as camadas que impediam a passagem da luz do sol estão se desfazendo gradualmente. Uma equipe de cientistas da Universidade de Nova York chegou a identificar água morna na região, mais precisamente embaixo da geleira Thwaites.
Essa questão vai além das regiões mais frias do Hemisfério Sul, afetando o Ártico do outro lado do planeta que também está passando por uma emergência climática.
Vale destacar que devido a todas essas alterações, a vida marinha nesses lugares corre sérios riscos — afinal, o frio e o gelo são elementos necessários para a sobrevivência desses animais. Estima-se que se esse gelo derreter completamente, o nível do mar subirá 200 pés (aproximadamente 61 metros), causando catástrofes e desastres naturais ao redor do mundo.
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