Uma companhia suíça chamada Energy Vault, fundada pelo engenheiro Robert Piconi, desenvolveu um projeto com potencial para se transformar em mais uma opção para a geração de energia limpa e renovável, caso seja implementado em grande escala. Trata-se de torres feitas de blocos de concreto que, ao serem içados e montados – como se fossem peças de LEGO –, geram e armazenam eletricidade.
Pilar energético
A equipe de Piconi construiu um protótipo para a realização de testes que consiste em uma torre de 60 metros de altura feita de blocos de concreto de baixo custo pesando 35 toneladas cada um. Entretanto, se tudo correr bem nessa fase do projeto, a ideia é erguer estruturas de 120 metros de altura – cuja capacidade seria a de gerar até 35 MWh ou o suficiente para suprir o consumo energético de 2 a 3 mil casas ao longo de 8 horas.
Ficou curioso com relação ao funcionamento das torres? Segundos informações disponibilizadas no site da Energy Vault, a tecnologia foi inspirada nas usinas hidrelétricas que geram energia a partir da gravidade e o movimento da água. No caso das torres, a sua operação está baseada nos mesmos princípios físicos e de energia cinética que são aplicados às hidrelétricas, mas, no lugar da água, entram os blocos.
Você poderá ver mais detalhes do projeto no vídeo a seguir, mas, basicamente, a ideia é usar um imenso guindaste com vários braços que se ocupam de subir e descer os blocos da torre. Então, enquanto o sistema emprega energia renovável para elevar as peças, o movimento para descê-las, aliado à força da gravidade, gera energia que, por sua vez, é armazenada na forma de eletricidade.
Quem controla toda a movimentação e funcionamento das torres é um software – que ainda está em fase de aprimoramento e ajustes –, e toda a operação de sobe e desce de blocos ocorre praticamente sem perdas de energia. Além disso, outras vantagens é que o sistema tem baixo custo de produção e implementação e pode ser instalado em qualquer lugar. Ademais, como dissemos, o protótipo deve ser posto em testes em breve e, se tudo correr como previsto, pode que a tecnologia seja lançada para implantação em grande escala ainda neste ano.
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