A NASA começou a usar, desde o final de janeiro, um novo modelo de previsão do tempo. Criado por um físico brasileiro, o sistema, que é mais preciso e confiável, pode contribuir para a prevenção de desastres naturais e orientar melhor o segmento agropecuário.
Intitulado GF, o sistema criado pela equipe de cientistas liderada pelo físico Saulo Freitas, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aperfeiçoa o atual modelo utilizado pela agência espacial americana, conhecido como NASA Geos, analisando o desenvolvimento das nuvens e a formação de gotículas de água.
Feita com base em modelos matemáticos que usam as leis da física, esta nova forma de prever o tempo tem maior eficiência no curto prazo, de acordo com Freitas, fornecendo projeções de como as condições meteorológicas vão evoluir, mostrando aonde vai chover e também os locais que terão temperaturas mais altas e mais baixas.
O novo sistema, que pode ter os aspectos relacionados à umidade, temperatura e direção dos ventos aprimorados, ajuda a prevenir desastres naturais nos centros urbanos, pois indica quando rios e encostas estão perto de inundar, além de poder ser utilizado para planejar o plantio e a colheita, entre várias outras áreas.
Utilização no Brasil
A adoção deste sofisticado modelo de previsão nos Estados Unidos surgiu a partir de uma parceria entre a agência americana, que cede os supercomputadores utilizados nos cálculos e os demais equipamentos, e o INPE.
Em breve, o sistema também poderá ser implantado no Brasil, que é uma das próximas etapas do projeto, mas ainda sem data definida para acontecer. Por aqui, a novidade contribuirá principalmente para o setor de agronegócio e para nortear as ações em cidades que sofrem com grandes quantidades de chuvas.
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