O médico chinês Li Wenliang, que foi censurado pelo governo chinês ao tentar alertar sobre o surgimento de uma nova epidemia do coronavírus, pode ter morrido nesta quinta-feira (6) em decorrência da infecção. A informação foi divulgada por veículos de comunicação do país asiático e também pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas ainda não confirmada oficialmente.
Em mensagem no Twitter, o diretor executivo da OMS Mike Ryan lamentou a morte de Wenliang, aos 34 anos de idade, e exaltou o trabalho feito por ele na tentativa de avisar sobre a doença que estava surgindo (o coronavírus ainda não havia sido identificado) e hoje já matou mais de 500 pessoas.
Funcionário do hospital em Wuhan, no qual os primeiros infectados ficaram de quarentena, no final de 2019, o oftalmologista alertou aos colegas sobre o uso de equipamentos de proteção, pois suspeitava que os pacientes internados estavam com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Com a viralização das mensagens, as autoridades o proibiram de continuar falando sobre o assunto.
Posteriormente, o médico voltou às redes sociais para contar que começou a apresentar os sintomas do coronavírus no dia 10 de janeiro, após atender uma paciente infectada. Logo em seguida, ele foi hospitalizado, tendo inclusive que contar com o auxílio de aparelhos para respirar, e diagnosticado com o vírus no último sábado (1º).
Hospital não confirma a morte
Apesar do anúncio feito pela mídia chinesa e dos comentários da OMS, ganhando destaque em diversos veículos internacionais, o hospital onde Li Wenliang estava internado negou que ele tenha morrido.
Em postagem no Weibo, o centro de saúde informou que ele estava em “estado crítico”, sem dar maiores detalhes sobre a sua situação, deixando dúvidas a respeito das reais condições de saúde do paciente.
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