De acordo com os resultados de uma análise divulgada recentemente, o consumo de carne – seja ela vermelha, processada ou até de aves –, mesmo que em pequenas quantidades, está associado a um maior risco de desenvolvimento de doenças coronarianas e de morte prematura. O estudo levou em consideração informações de 30 mil pessoas coletadas durante quase 20 anos e a conclusão, para os amantes do bom e velho bife na chapa, do bacon em todas as suas formas, do frango assado de toda a vida e do churrasquinho de fim de semana, é um verdadeiro balde de água fria.
Vilã suculenta
Os cientistas por trás do estudo – da Universidade Cornell, nos EUA – concluíram que a ingestão de apenas 2 porções de carne vermelha por semana, processada ou não, são suficientes para aumentar o risco de morte e elevar as chances de desenvolvimento de doenças cardíacas dos consumidores entre 3% e 7%.
Além disso, os pesquisadores também identificaram uma propensão 4% mais alta de surgimento dos mesmos problemas em pessoas que consomem carne de frango com a mesma frequência. Contudo, no caso das aves, vale destacar que os cientistas não entraram em detalhes sobre o seu preparo – e o efeito negativo poderia estar associado com a ingesta da pele ou a receitas ricas em gorduras, como seria o caso de frituras e empanados, que costumam conter mais gorduras-trans. Outro detalhe importante da pesquisa é que os cientistas não encontraram qualquer relação prejudicial com o consumo de peixes.
Tira e põe
Achou o risco de 3% a 7% muito baixo para desistir de incluir uma carninha suculenta na dieta? Os pesquisadores concordam que os números não parecem grande coisa, especialmente quando os avaliamos em nível individual. No entanto, extrapolando para toda a população e pensando neles em nível global, o resultado é significativo o suficiente para causar um impacto considerável.
Aliás, as doenças coronarianas, juntamente com os acidentes vasculares, são as principais causas de morte no mundo – só em 2016, foram mais de 15 milhões de óbitos, segundo levantamentos da Organização Mundial da Saúde –, portanto, uma redução de 3% a 7% nesse total já seria algo representativo.
Coincidentemente, outro estudo também publicado recentemente e realizado com 11 mil pessoas apontou que indivíduos que seguem dietas mais ricas em verduras e legumes apresentam uma menor tendência a sofrer dos problemas de saúde que os consumidores de carne normalmente apresentam. E você gostaria de reduzir o risco de desenvolver doenças crônicas e vários tipos de câncer, assim como aumentar as chances de prolongar a sua vida? Então, levando em conta as 2 pesquisas, você já sabe o que precisa eliminar e acrescentar no seu prato.
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