Entre março e setembro deste ano, a Starship vai fazer seu primeiro teste suborbital, voando a uma altitude de 20 quilômetros, para então retornar ao seu lugar de lançamento – o campo de testes de Boca Chica, ao sul do Texas.
O plano consta de um pedido da SpaceX à Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês). O órgão expede a licença para que empresas aeroespaciais lancem seus veículos ao espaço, determinando ainda radiofrequências a serem usadas na comunicação com os veículos durante o voo.
Segundo o site da FCC, o pedido “é necessário para autorizar as comunicações dos veículos de teste suborbitais Starship a partir da plataforma de lançamento de Boca Chica, e a recuperação após o lançamento suborbital.” O voo vai servir para provar se o foguete usado no lançamento pode ser reaproveitado (os dados coletados serão enviados para a Força Aérea e NASA).
Testes sob alta pressão
Entre os preparativos da SpaceX para mandar a Starship para a órbita terrestre estão os testes de pressão. Os últimos, divulgados por Elon Musk no Twitter, submeteram o tanque, usado para medir a resiliência da espaçonave, à pressão de 7,5 bar à temperatura ambiente (a pressão ao nível do mar é um pouco mais de um bar). Em janeiro, esse mesmo tanque resistiu até o limite de 7,1 bar.
Starship 9m test tank made 7.5 bar at room temp! Small leak at a weld doubler. Will be repaired & retested at cryo. pic.twitter.com/Bz3lrwkYRU
— Elon Musk (@elonmusk) January 27, 2020
Os testes continuaram e, no dia seguinte, o tanque foi submetido a 8,5 bar, dessa vez a temperaturas abaixo de zero. De novo, o ele passou passou com louvor.
Liquid nitrogen cryogenic strength test underway ?? pic.twitter.com/qRPBLInqm0
— Elon Musk (@elonmusk) January 29, 2020
Os testes são um passo necessário dentro do calendário de Elon Musk, principalmente depois que o protótipo do foguete explodiu durante um teste de pressão em novembro. Por conta disso, seu projeto foi abandonado e substituído pelo atual (chamado de SN1 – Serial Number 1 ou Número de Série 1).
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