Cientistas australianos do Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade, em Melbourne, na Austrália, produziram uma versão do coronavírus em laboratório para a possível criação de uma vacina. Esse foi o primeiro avanço contra a doença a ser realizado fora da China, e a equipe pretende fornecer amostras para a Organização Mundial de Saúde e para centros de pesquisa de outros países.
O surto, que começou na cidade de Wuhan, capital de uma província chinesa, tem gerado muita preocupação nos últimos dias. O vírus causa uma doença pulmonar grave e já foi detectado em vários países, infectando milhares de pessoas e causando mais de 130 mortes.
Os sintomas do coronavírus incluem febre, tosse, falta de ar e dificuldade para respirar, e o intervalo do período de incubação (tempo entre o contágio e o início dos sintomas) pode chegar a até 14 dias.
Julian Druce, chefe do laboratório de identificação do vírus do instituto australiano, acredita que, com essa criação, será possível realizar novos experimentos para detectar sensibilidades. "Ter uma amostra do vírus significa que agora teremos a possibilidade de validar e verificar todos os métodos de teste e comparar suas sensibilidades e especificidades", afirmou o cientista.
A China já reproduziu o coronavírus 2019-nCoV antes da descoberta australiana. Porém, os pesquisadores chineses só compartilharam a sequência do genoma em vez de uma amostra completa.
O experimento da Austrália vai passar por um teste de anticorpos para desenvolver uma vacina eficaz a ser usada em pessoas que ainda não apresentaram os sintomas da doença.
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