Um dos problemas enfrentados pelos cientistas quando enviam sondas a outros planetas é como identificar se há vida neles — a existência, como a conhecemos, teria que ser semelhante à nossa. Com base nesse pensamento, a química e primeira astronauta britânica, Helen Sharman, declarou ao jornal The Guardian que formas de vida impossíveis de serem detectadas já podem estar vivendo na Terra.
Esses aliens, segundo a astronauta, existiriam em uma "biosfera das sombras", ainda não descobertos por terem uma bioquímica diferente, vivendo em uma esfera microscópica.
A astrobióloga Samanta Rolfe, em um artigo para o site The Conversation, argumentou que "a falta de definição do que seja 'vida' é um grande problema quando se trata de procurá-la no espaço. Estamos nos limitando a ideias antropocêntricas: vida inteligente não precisa ser humanoide", disse ela.
Outras formas de vida podem ou não conter DNA e não ser baseadas em carbono. No imaginário popular, ela poderia ser baseada em silício (isso soa familiar, trekker?).
Aliens de silício
Um dos problemas com essa suposição é que a maior parte do silício existente na Terra está dentro das rochas. Do lado que acredita em uma "biosfera das sombras" baseada em silício, existe o estudo de cientistas da Caltech (liderados pela química vencedora do Nobel, Frances Arnold), que criaram uma proteína bacteriana com ligações com silício — vida não baseada em carbono.
"Quando se trata de outros mundos como a lua de Saturno, Titã ou exoplanetas, certamente não podemos descartar a possibilidade de vida baseada em silício. Aliens poderiam estar entre nós? Não acredito que tenhamos sido visitados por outra forma de vida, mas temos evidências de que moléculas baseadas em carbono formadoras de vida chegaram à Terra em meteoritos. Por isso, certamente não descartamos a mesma possibilidade para formas de vida desconhecidas", concluiu a astrobióloga.
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