Nas últimas semanas, os chineses têm enfrentado um surto viral que começou de uma forma misteriosa. Segundo pesquisadores, os diversos casos de pneumonia foram causados por um novo tipo de coronavírus que se espalhou em um mercado de peixes localizado em Wuhan, cidade da China. Os primeiros casos estavam diretamente ligados ao local, que comercializa (além de pescados) diversos animais em condições precárias de higiene — os quais, inclusive, podem contrair o vírus.
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Em resumo, as vítimas eram comerciantes ou clientes que estiveram no local. No entanto, os parentes dessas pessoas não apresentaram nenhum sinal de contaminação, sugerindo que a transmissão não se deu de pessoa para pessoa, mas no contato com os animais.
Após a descontaminação do mercado e uma grande mobilização para controlar o surto, acreditava-se que o número de casos iria diminuir gradativamente. Contudo, segundo uma nota da Organização Mundial de Saúde (OMS), o problema que começou na China está se espalhando para outros locais.
Novos casos foram registrados na Tailândia e no Japão sem nenhuma ligação com o mercado de Wuhan, o que fez surgir mais uma questão para os pesquisadores. Afinal, se essas pessoas não tiveram contato com os animais, como elas contraíram o vírus?
O fato é que alguns vírus conseguem se adaptar a diferentes ambientes, inclusive transformando o modo como se espalham. No pior dos casos, o coronavírus encontrou uma forma de pular de pessoa para pessoa. Em nota, a OMS aconselhou que viagens para esses locais sejam evitadas pelo menos até que se saiba como o vírus é transmitido.
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